Jornal Estado de Minas

WASHINGTON

Biden decide manter bases militares na Europa que Trump queria desmontar

O exército americano anunciou nesta sexta-feira (6) que desistirá de devolver seis instalações aos governos alemão e belga, citando as "necessidades crescentes no teatro europeu", sem mencionar a Rússia.



A primeira decisão de fechar estes seis locais foi tomada em 2010 e 2015, razão pela qual o projeto para mantê-los não está vinculado às intenções do ex-presidente Donald Trump de reduzir a presença militar americana na Alemanha, que tinha preocupado muito Berlim, mas nunca foram implementadas.

O presidente Joe Biden, que considera a Rússia uma séria ameaça para a segurança europeia, já tinha revertido o plano de seu antecessor.

E a presença militar americana na Alemanha inclusive aumento sutilmente nos últimos meses.

Os soldados e suas famílias superaram os 35.000 no fim de março, distribuídos em 21 bases militares ao longo do país.

Os locais são quartéis secundários, armazéns e escritórios, disse nesta sexta o comando do Exército dos Estados Unidos na Europa em um comunicado.

Na Alemanha, trata-se dos quartéis de Barton, em Ansbach, no centro do país, e de Pulaski, os depósitos de Coleman, anexos à enorme base de Ramstein (oeste), o quartel de Husterhoeh em Pirmasens, perto da fronteira francesa, o depósito de Weilimdorf em Stuttgart e o Centro Amelia Earhart em Wiesbaden.

Na Bélgica, o quartel de Daumerie, perto de Mons, que seria devolvido a Bruxelas, será mantido e usado para apoiar as atividades das forças americanas no quartel-general da Otan.

Em junho, 28.000 soldados dos Estados Unidos e 25 países aliados participaram nas manobras militares Defender Europe 21, realizadas principalmente no leste europeu e destinadas a fortalecer a preparação dos exércitos da Otan e sua interoperabilidade.



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