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Estado de Minas WASHINGTON

Mais do que pontes e estradas: o plano de infraestrutura dos EUA


05/08/2021 17:27

Os parlamentares em Washington estão prestes a fazer o que os governos anteriores evitaram durante anos: aprovar um projeto de lei para revitalizar a abandonada infraestrutura dos Estados Unidos.

Embora não tenha aprovação garantida, o projeto de 1 trilhão de dólares, apoiado pelo presidente democrata Joe Biden, canalizaria dinheiro para todos os tipos de atividades, desde a reparação de estradas até a expansão da banda larga e energia limpa.

Principais pontos do plano que democratas e republicanos elaboram:

- Reparação da infraestrutura -

Uma das maiores alocações de fundos são os 110 bilhões de dólares para a infraestrutura rodoviária.

Essa quantia irá para reformas "com foco na mitigação das mudanças climáticas, resiliência, equidade e segurança para todos os usuários, incluindo ciclistas e pedestres", segundo um informe da Casa Branca.

Desse montante, US$ 40 bilhões serão usados para consertar ou substituir pontes antigas, a maior alocação para esse fim desde que o sistema de rodovias interestaduais foi construído décadas atrás, diz o texto.

Outros US$ 16 bilhões serão para "grandes projetos" não especificados.

- Trens e canais -

Considerado pela Casa Branca como o maior investimento em transporte ferroviário de passageiros desde a criação da Amtrak, há 50 anos, US$ 66 bilhões serão investidos na modernização da infraestrutura ferroviária de passageiros - incluindo uma linha popular que conecta as principais cidades do nordeste.

Parte desse dinheiro irá para a criação de novas linhas entre as cidades, incluindo de alta velocidade.

O sistema de navegação interno é fundamental para manter a competitividade de setores como o agrícola, mas suas eclusas e barragens precisam de manutenção e ampliação, de modo que o plano destinaria US$ 17 bilhões para hidrovias e portos.

- Limpar o meio ambiente -

Para ajudar a eliminar a poluição de lixo tóxico, minas abandonadas e poços de petróleo desativados, a iniciativa reserva US$ 21 bilhões.

Também incorpora US$ 15 bilhões para substituir canos por onde passa água contaminada com chumbo. No entanto, esse valor é apenas um terço do necessário para mudá-los em todo o país, de segundo o grupo de defesa do meio ambiente Natural Resources Defense Council.

- Combater a mudança climática -

Muitas medidas visam reduzir e mitigar o impacto das mudanças climáticas. Cerca de US$ 50 bilhões de dólares destinam-se a esse objetivo.

De acordo com a Casa Branca, enchentes, incêndios florestais e outros desastres naturais custaram US$ 100 bilhões no ano passado.

Os fundos da lei serão usados para ajudar a melhorar a resistência das comunidades contra essas calamidades e contra ataques cibernéticos.

O projeto contempla US$ 5 bilhões de dólares para veículos de transporte escolar que não emitem gases poluentes e US$ 2,5 bilhões para balsas.

Cerca de US$ 7,5 bilhões de dólares serão usados para construir uma rede nacional de carregadores de carros elétricos.

- Internet -

Ampliar o acesso à internet banda larga é uma prioridade do governo para beneficiar a população rural e também aqueles que vivem nas cidades, mas não têm recursos para isso.

O projeto prevê US$ 66 bilhões de dólares para a internet e estabelece normas para redução de preços, com programas para famílias de baixa renda.

- Luzes ligadas -

Em fevereiro, uma forte tempestade deixou sem eletricidade e em escassez de água milhões de pessoas no Texas, o segundo estado mais populoso do país.

Se o texto for aprovado, US$ 65 bilhões de dólares serão injetados em novas linhas de cabos que transportariam eletricidade gerada por fontes renováveis.

Também estão planejados investimentos em novas pesquisas de tecnologia, como captura de carbono, "hidrogênio limpo" e energia nuclear.

- Como será pago? -

A proposta original de Biden previa 2,3 trilhões de dólares em gastos e incluía regras que não fazem parte do acordo bipartidário, como aumentar o salário de cuidadores de crianças.

Os republicanos consideraram a iniciativa original muito onerosa, de modo que o acordo bipartidário inclui apenas US$ 550 bilhões em novos gastos.

O restante seria pago com dinheiro reservado para a pandemia, mas não gasto, novos impostos sobre criptomoedas e algumas taxas de usuários corporativos.

O projeto pressupõe que um maior crescimento econômico financiará muitos custos devido ao aumento das receitas fiscais.


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