"Esta nova ajuda visa salvar vidas e de forma alguma representa uma solução duradoura para as dificuldades enfrentadas pelo Líbano", disseram os participantes desta reunião organizada pela ONU e pela França em um comunicado conjunto.
"Trata-se, em particular, de responder às necessidades mais urgentes nas áreas da segurança alimentar, água e saneamento, saúde e educação", sublinharam.
Pouco antes, o presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu 100 milhões de euros (US$ 118 milhões) em ajuda ao Líbano.
"Nos próximos 12 meses, vamos destinar quase 100 milhões de euros em novos compromissos em apoio direto à população do Líbano", anunciou Macron, no início da teleconferência organizada pela França e pela ONU.
Esta ajuda se concentrará na educação, na ajuda alimentar e na agricultura, afirmou o chefe de Estado francês.
O ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, prometeu uma ajuda de 40 milhões de euros (US$ 47 milhões), e a União Europeia, 5,5 milhões de euros (US$ 6,5 milhões), a serem usados para combater a pandemia da covid-19.
Esta é a terceira conferência de ajuda ao Líbano organizada pela França desde a explosão de 4 de agosto de 2020 no porto de Beirute. Pelo menos 214 pessoas morreram na tragédia, e mais de 6.500 ficaram feridas.
Já o presidente americano, Joe Biden, prometeu nesta quarta-feira uma ajuda adicional ao Líbano de US$ 100 milhões, ao mesmo tempo em que pediu ao país em crise que adote reformas econômicas e combata a corrupção.
"Hoje estou anunciando cerca de US$ 100 milhões de uma nova assistência humanitária", disse Biden na conferência da ONU sobre o Líbano.
"Mas nenhuma quantia de ajuda externa será suficiente se os líderes do Líbano não se comprometerem a fazer o trabalho necessário de reformar a economia e combater a corrupção", acrescentou.
"É essencial. Deve começar agora", insistiu o presidente americano.
A Casa Branca não especificou o destino da nova ajuda, mas Biden disse que é adicional aos US$ 560 milhões em assistência humanitária enviados ao Líbano nos últimos dois anos.
Em cada ocasião, os doadores prometeram milhões em ajuda emergencial. Para um plano de resgate mais amplo, estabeleceu-se como condição que os políticos libaneses formem um governo comprometido com o combate à corrupção, entre outras reformas.
O Líbano está sem governo desde a renúncia de Hassan Diab e de sua equipe, em 10 de agosto de 2020.
O recém-nomeado primeiro ministro libanês, Najib Mikati, anunciou na segunda-feira que a formação de um novo governo será adiada até depois dos atos pelo aniversário da explosão do porto.
A França também exigiu que sejam informados os resultados das investigações sobre as causas da devastadora explosão que devastou bairros inteiros da capital libanesa.
"Os líderes do Líbano devem a verdade ao seu povo", disse Macron.
"A França e vários outros (países) têm cooperado para fornecer todas as informações à nossa disposição, e estamos disponíveis para qualquer cooperação técnica, acrescentou.
audima