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Estado de Minas PARIS

Metade dos europeus está totalmente vacinada e covid retorna à Wuhan


03/08/2021 17:43 - atualizado 03/08/2021 17:43

Metade da população da União Europeia já está totalmente vacinada contra a covid-19, segundo uma contagem da AFP nesta terça-feira (3), mesmo dia em que as autoridades chinesas decidiram testar todos os habitantes de Wuhan, a cidade onde o vírus apareceu pela primeira.

Enquanto a variante Delta, altamente contagiosa, está levando cada vez mais países a impor restrições, 223,8 milhões de cidadãos da União Europeia receberam duas doses da vacina, ou uma só dose após se recuperar da doença, ou uma vacina de dose única, de acordo com o cálculo da AFP nesta terça às 08h de Brasília.

Em todo o mundo, a pandemia deixa pelo menos 4.238.582 mortes e quase 200 milhões de infecções. A Organização Mundial da Saúde (OMS), porém, estima que o número de mortos pode ser duas a três vezes maior.

O ressurgimento do coronavírus, que está afetando países que acreditavam ter passado pelo pior, é favorecido pela diminuição das taxas de vacinação e por novas mutações mais perigosas.

- Variante Delta na China -

A China, onde a covid-19 apareceu no final de 2019 na cidade de Wuhan, acreditava tê-la praticamente erradicado já que não houve contaminação local por meses.

Porém, um novo surto da variante Delta se espalhou rapidamente e atingiu dezenas de cidades a partir de um foco de contágio entre os funcionários do aeroporto de Nanquim.

Em Wuhan, a primeira cidade a ser colocada em quarentena, em 23 de janeiro de 2020, as autoridades anunciaram um programa de testes em massa, de 76 dias, para seus 11 milhões de habitantes.

E, em toda China, o regime comunista está aplicando medidas rígidas semelhantes às do início do ano passado, com cidades inteiras confinadas, restrições de viagens e controles generalizados.

Na Austrália, militares saíram às ruas de sua maior cidade, Sydney, que entra em sua sexta semana de um confinamento previsto para durar até o final de agosto.

As autoridades da cidade estão lutando para impedir a disseminação da variante Delta na cidade, com mais de 3.600 casos registrados desde meados de junho, e tentando garantir que os moradores cumpram o confinamento.

Desde meados de junho, mais de 3.600 casos foram registrados na cidade. Apenas 15% dos 25 milhões de habitantes da Austrália receberam duas doses da vacina.

- Vacinação obrigatória -

O vírus se espalha até mesmo em lugares onde os programas de vacinação têm sido bem-sucedidos, como nos Estados Unidos. O país vive uma nova onda impulsionada pela variante Delta, que levou as hospitalizações a níveis nunca vistos desde o ano passado.

Na segunda-feira à noite, com um mês de atraso, foi atingida a meta do presidente Joe Biden de aplicar pelo menos uma dose em 70% dos adultos, prevista para o feriado de 4 de julho.

Esse atraso foi causado pela desaceleração da campanha de vacinação, observada sobretudo nas regiões politicamente conservadoras do sul e do centro-oeste, assim como entre os mais jovens, pessoas de baixa renda e minorias raciais.

Nesta terça-feira, o prefeito democrata Bill de Blasio anunciou que Nova York exigirá um certificado de vacinação para permitir o acesso a restaurantes, teatros e academias.

Assim, sua cidade se torna a primeira das grandes metrópoles dos Estados Unidos a criar um passe de saúde. Lá, 71,8% dos adultos em uma população de mais de oito milhões receberam pelo menos uma dose da vacina.

"Se você está vacinado (...) você tem a chave, pode abrir a porta. Mas se você não estiver vacinado, infelizmente não vai poder participar de muitas coisas... É hora de vermos a vacinação como algo literalmente necessário para ter uma vida plena e saudável", disse De Blasio em coletiva de imprensa.

Há poucos dias o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou que todos os profissionais da saúde que tenham contato com o público e funcionários estaduais serão obrigados a apresentar um certificado de vacinação ou fazer exames semanais de detecção do vírus.

- Impossível erradicar o vírus -

Diante da variante Delta, alguns países começam a estudar a possibilidade de aplicar vacinas de reforço. Segundo alguns laboratórios, mais uma dose poderia melhorar a imunidade diante das cepas mais infecciosas do vírus.

A Alemanha informou ontem que começará a oferecer terceiras doses para idosos e grupos de risco, assim como pessoas que não receberam uma vacina de RNA mensageiro. A decisão foi tomada "no interesse dos cuidados preventivos de saúde", indicou o Ministério da Saúde alemão.

A Suécia também planeja oferecer uma dose de reforço para "uma grande parte da população" em 2022, embora possa começar com os grupos vulneráveis ainda este ano.

"Nossa avaliação é que não é possível erradicar o vírus e, portanto, os esforços de vacinação devem ser de longo prazo e focados na redução das doenças graves e da mortalidade", disse o epidemiologista-chefe sueco Anders Tegnell.


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