"Pedimos a todas as autoridades competentes: Malta, Tunísia, Líbia e, hoje, Itália", disse à AFP esta ONG que administra o navio. Segundo ela, Malta rejeitou o pedido e Tunísia e Líbia não responderam.
Mais de 700 migrantes foram resgatados em embarcações precárias no Mediterrâneo neste fim de semana pelo Ocean Viking e pelos navios humanitários alemães Sea-Watch e ResQship.
"A situação é insustentável a bordo", informou uma porta-voz do SOS Méditerranée.
"Com uma ondulação que se intensifica e um calor sufocante, a condição física das pessoas a bordo se deteriora", tuitou a ONG, mencionando tonturas e desmaios entre os resgatados.
Após cada resgate, as ONGs devem esperar a atribuição de um "porto seguro" para desembarcar os náufragos, às vezes deixando os navios bloqueados no mar por dias.
Apesar da sua insegurança, a Líbia continua sendo a rota de passagem para dezenas de milhares de migrantes que tentam chegar à Europa, com apenas 300 km de distância entre a costa libiana e italiana.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), as saídas, interceptações e chegadas de migrantes no Mediterrâneo central aumentaram este ano e pelo menos 1.113 morreram no mar durante o primeiro semestre de 2021.
MARSELHA