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Estado de Minas WASHINGTON

Trump pressionou Departamento de Justiça a declarar que eleição foi fraudada


30/07/2021 17:49

O ex-presidente Donald Trump pressionou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos no fim do ano passado a respaldar suas acusações de fraude eleitoral, pedindo a um funcionário que declarasse que a votação para a presidência havia sido fraudada, segundo documentos divulgados nesta sexta-feira.

O registro da pressão de Trump sobre o DoJ uma semana antes de apoiadores seus invadirem o Capitólio para tentar impedir a certificação dos resultados eleitorais foi divulgado pelo Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes, que investiga os esforços sem precedentes do então presidente para reverter o resultado da eleição.

"Essas notas escritas a mão mostram que o presidente Trump ordenou diretamente que a principal instituição legal do nosso país tomasse medidas para anular uma eleição livre e justa nos últimos dias de sua presidência", indicou a presidente do comitê, Carolyn Maloney, em comunicado.

"Apenas diga que a eleição foi corrupta e deixe o resto comigo", disse Trump ao então procurador-geral em exercício, Jeffrey Rosen, de acordo com as notas de sua conversa com o presidente. Rosen respondeu a Trump naquela conversa extraordinária de 27 de dezembro de 2020, que o DoJ havia investigado suas acusações de fraude eleitoral e não havia encontrado provas.

"Entenda que o Departamento de Justiça não pode 'estalar os dedos' e mudar o resultado da eleição, não é assim que funciona", disse Rosen a Trump, de acordo com as notas tomadas pelo vice-procurador-geral, Richard Donoghue. Mas Trump estava desesperado para reverter sua derrota em novembro para o democrata Joe Biden.

A pressão sobre Rosen aconteceu dias depois de Trump demitir o procurador-geral Bill Barr por se recusar a aceitar suas acusações de fraude eleitoral. O jornal "Washington Post" noticiou ontem que, depois que Rosen substituiu Barr, Trump o procurou "quase todos os dias" para pressioná-lo sobre a alegação de fraude.

O então presidente disse a Rosen que ele poderia ser substituído pelo advogado de nível inferior do Departamento de Justiça Jeffrey Clark, que, de acordo com relatórios posteriores, ajudou o presidente a traçar um plano para destituí-lo. Segundo esses relatórios, Clark apoiou as acusações de fraude de Trump, embora nunca tenham surgido provas de irregularidades significativas em nenhum dos estados ou distritos que deram a Biden a vitória na eleição.


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