"Deveríamos comprovar" no final do encontro "quão sérios são nossos colegas americanos em sua vontade de estabelecer um diálogo centrado e enérgico sobre a estabilidade estratégica", disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Serguéi Riabkov.
O diálogo "sobre a estabilidade estratégica" se estabeleceu na cúpula de 16 de junho em Genebra entre o presidente americano Joe Biden e seu homólogo russo Vladimir Putin. Seu objetivo é estabilizar a tensa relação entre os dois países.
Este segundo encontro de alto nível em dois meses acontecerá na quarta-feira na mesma cidade suíça, a portas fechadas.
"A reunião tem o objetivo de iniciar o processo, analisar profundamente os pontos de divergência e tentar encontrar áreas de trabalho conjunto", acrescentou Riabkov.
Para o diplomata russo, "a grande questão" será saber se este diálogo permitirá às relações bilaterais "seguirem adiante"."Eu não teria expectativas muito altas", alertou.
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, considerou que a melhora das relações "é um processo muito complicado", mas elogiou que haja "um contato".
Segundo o Departamento de Estado dos EUA, a delegação americana estará liderada pela secretária de Estado adjunta, Wendy Sherman. Serguéi Riabkov representará a Rússia.
Este encontro ocorre em um contexto de tensão, já que Estados Unidos ameaçaram a Rússia com tomar medidas se não encerrar a onda de ciberataques que, segundo Washington, provêm em grande parte de seu território.
Ao anunciar este diálogo, os dois chefes de Estado destacaram que, inclusive no ápice da Guerra Fria, Moscou e Washington se falavam para evitar o pior cenário.
MOSCOU