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Estado de Minas NOVA YORK

Objetos históricos de comunidades judaicas da Europa são apreendidos em Nova York


22/07/2021 18:34

Uma casa de leilões se preparava para vender 17 pergaminhos funerários e manuscritos roubados de comunidades judaicas do Leste Europeu durante a Segunda Guerra Mundial, quando a polícia de Nova York os apreendeu, informou nesta quinta-feira (22) o Ministério Público do Brooklyn.

"A recuperação desses pergaminhos e manuscritos datados do século XIX, roubados durante o Holocausto na Romênia, Hungria, Ucrânia e Eslováquia (...) é o culminar de uma longa investigação sobre bens culturais", declarou um dos investigadores, Peter Fitzhugh, do Departamento de Segurança Interna, citado em um comunicado do MP.

"Temos a sorte de poder devolver esses objetos às suas comunidades judaicas legítimas", acrescentou.

Os investigadores descobriram em fevereiro passado que uma casa de leilões do Brooklyn, Kestenbaum & Company, havia colocado a venda esses objetos que datam de 1840 até a Segunda Guerra Mundial: entre os documentos estão orações pelos mortos, regras da comunidade, nomes de líderes religiosos e, às vezes, nomes de membros da comunidade que foram deportados para Auschwitz.

A venda foi suspensa a pedido da comunidade judaica da cidade romena de Cluj e da Organização Mundial de Restituição Judaica.

Esta organização, criada após a queda dos regimes comunistas no Leste Europeu, é especializada na restituição de propriedade judaica roubada.

Entre os objetos recuperados está um caderno com dados históricos da comunidade judaica de Cluj.

De acordo com documentos judiciais, os investigadores encontraram uma menção a esse caderno em um livro publicado em Cluj em 1936 para comemorar os 100 anos dessa comunidade, mas não houve mais vestígios após o Holocausto, o que sugere que ele foi roubado de seus proprietários.

Devido à falta de documentação, "esses rolos e manuscritos não puderam ser importados legitimamente para os Estados Unidos", ressalta o comunicado.

No total, 17 pergaminhos e manuscritos foram confiscados da casa de leilões, que já havia vendido pelo menos um lote antes de ser contatada pela polícia.

Embora a casa de leilões tenha cooperado com a Justiça, os investigadores preferiram apreender os documentos por medo de que tentasse se livrar deles.

"Existem compradores em todo o mundo para esses objetos, que podem ser facilmente vendidos ou transferidos, frustrando assim os esforços governamentais que procuram devolvê-los aos sobreviventes e descendentes dessas comunidades", disseram em um documento protocolado na Justiça.

O MP não deu qualquer indicação da data em que os objetos poderiam ser devolvidos.


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