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Estado de Minas LONDRES

Johnson insta UE a analisar 'seriamente' sua proposta para Irlanda do Norte


22/07/2021 11:37

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pediu nesta quinta-feira(22) que a União Europeia (UE) considere "seriamente" sua proposta de renegociar as disposições pós-Brexit na Irlanda do Norte - algo que Bruxelas já rejeitou.

Em conversa telefônica com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Johnson reiterou que o protocolo norte-irlandês que regula o comércio da região britânica é "impraticável" e "instou a UE a analisar seriamente as propostas" apresentadas por seu governo na quarta-feira (21), informou Downing Street em nota.

Von der Leyen garantiu que a UE será "criativa e flexível sobre o protocolo".

"Mas não vamos renegociar", frisou no Twitter.

Para evitar o restabelecimento de uma fronteira entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda, o chamado "protocolo da Irlanda do Norte" impõe controles aos produtos que chegam do restante do Reino Unido a esta região britânica, que permanece no mercado único europeu.

Isso dificulta alguns abastecimentos e irrita os partidários unionistas, ligados à coroa britânica, que entendem a medida como uma separação do restante do país.

Na quarta-feira, o governo de Johnson pediu "mudanças significativas no protocolo". Enquanto aguarda uma renegociação, propôs uma suspensão que inclui a prorrogação de prazos de carência para alguns controles e a interrupção de ações judiciais por parte da UE.

Londres quer que os produtos britânicos destinados à Irlanda do Norte, mas não ao mercado da UE, sejam acessíveis com pouco, ou nenhum, controle alfandegário.

Além disso, querem que suas regras sejam aceitas lá, e não apenas as da UE, para que as mercadorias possam circular sem obstáculos.

A UE sempre rejeitou este tipo de medida, por considerá-la um perigo para a integridade de seu próprio mercado.

O objetivo do protocolo é preservar a frágil paz alcançada em 1998, após três décadas de um conflito violento entre unionistas protestantes e republicanos católicos, que deixou 3.500 mortos.


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