O acordo foi anunciado pela procuradora-geral Letitia James com os distribuidores McKesson, Cardinal Health e Amerisource Bergen, e permite que eles se retirem do julgamento de que são alvo em Long Island.
O promotor já havia anunciado em junho um acordo com a Johnson & Johnson de 230 milhões de dólares que também permitia a esta empresa evitar um julgamento em Long Island.
Esses acordos podem se tornar a base para um compromisso nacional ainda maior em negociação desde outubro de 2019, que encerraria centenas de ações judiciais contra as três distribuidoras e a J&J; iniciadas por vários estados em todo o país e comunidades locais.
Segundo fontes anônimas citadas pela imprensa americana, esse grande acordo nacional poderia chegar a 26 bilhões de dólares: as três distribuidoras desembolsariam US$ 21 bilhões em 18 anos e a J&J;, US$ 5 bilhões em nove anos.
Seria a transação mais cara da história para a indústria farmacêutica. Mas, em sua maior parte, o investimento compensaria os enormes custos sociais da crise que afeta até os locais mais remotos dos Estados Unidos.
- Overdose -
Sem mencionar o valor, os advogados dos estados responsáveis pelas negociações confirmaram nesta terça-feira que um acordo nacional pode ser fechado.
"Estamos otimistas de que os termos de um acordo possam ser publicados nos próximos dias", disseram em comunicado.
A promoção agressiva de analgésicos altamente viciantes desde meados da década de 1990 é considerada por muitos como o gatilho para a crise de opioides, que levou a mais de 500.000 mortes por overdose nos últimos 20 anos nos Estados Unidos.
Todas as partes da rede de distribuição - grandes laboratórios como Purdue, J&J;, Teva, Allergan ou Endo, os principais distribuidores, redes de farmácias e médicos - são alvos de ações judiciais, acusadas de banalizar medicamentos antes reservados ao tratamento de doenças mais graves.
À medida que se viciavam nesses opiáceos prescritos, muitos pacientes mais tarde começaram a usar poderosos derivados ilícitos, como heroína ou fentanil, a causa de muitas overdoses.
A epidemia piorou durante a pandemia de coronavírus: mais de 93.000 pessoas morreram de overdoses ligadas principalmente a opiáceos em 2020, de acordo com estatísticas divulgadas na última quarta-feira.
NOVA YORK