Maurizio Di Marzio, de 61 anos, foi preso na segunda-feira antes de ser apresentado ao tribunal de apelações de Paris na terça-feira.
"A procuradoria geral notificou Di Marzio do pedido de extradição e do mandado de prisão europeu" lançado pela Itália contra ele e o ex-militante de extrema esquerda "foi colocado sob controle judicial", disse esta fonte.
Di Marzio não pode deixar a França e tem a obrigação de "entregar seus documentos de identidade e se apresentar duas vezes por mês na delegacia", acrescentou a fonte.
A ordem contra ele será entregue na quarta-feira em uma breve audiência pública.
A validade do mandado de prisão europeu expirou em 10 de maio e ele fugiu antes da operação italiana no final de abril contra nove outros ex-militantes de esquerda.
Di Marzio não era procurado ativamente pelas autoridades francesas, disseram em junho fontes próximas ao caso à AFP.
Mas em 8 de julho, o tribunal de apelações de Roma concluiu que a ordem não havia expirado, uma decisão considerada "oportunista" por seu advogado e contra a qual foi apresentada uma apelação.
Todos os ex-militantes, que reconstruíram as suas vidas na França, são reclamados pela justiça italiana por causa de uma condenação, que eles questionam, pelo envolvimento em vários atentados durante os anos 1970-80.
Maurizio Di Marzio é esperado para cumprir a pena restante, cinco anos e nove meses de um total de 14 anos, por seu papel na tentativa de sequestro em 1982 de um vice-prefeito de polícia em Roma, Nicola Simone, gravemente ferido no ataque.
Di Marzio chegou à França no início da década de 1990, após ter cumprido seis anos de prisão neste caso. Ele já havia sido preso em 1994, mas o processo de extradição foi interrompido.
O tribunal de apelações dará um veredicto no dia 29 de setembro sobre a validade das exigências de extradição dos nove militantes, sete homens e duas mulheres com idades entre 63 e 77 anos, que também estão em liberdade sob controle judicial.
PARIS