Um juiz federal dos Estados Unidos declarou ilegal, na sexta-feira (16), o programa que protegia os migrantes sem documentos que chegaram ao país quando eram crianças, e bloqueou a inscrição de novos solicitantes.
O presidente Joe Biden considerou a decisão "profundamente decepcionante". Em um comunicado da Casa Branca, Biden disse que o Departamnto de Justiça vai recorrer da decisão do juiz Andrew Hannan do Texas, e acrescentou que "somente o Congresso pode garantir uma solução permanente ao conceder um caminho para a cidadania aos Dreamers".
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Hanen afirmou que sua decisão não exige que o Departamento de Segurança Nacional ou o Departamento de Justiça "tomem alguma ação de imigração, deportação ou criminal contra qualquer destinatário, solicitante ou qualquer outra pessoa do DACA que não tomaria de outra forma".
A decisão também não afetou de imediato a situação das pessoas que já foram aprovadas no programa.
Para solicitar a proteção do DACA, que também permite o direito ao trabalho, os solicitantes devem ter chegado aos Estados Unidos antes dos 16 anos.
Além disso, devem frequentar a escola ou serem formados no ensino médio ou equivalente, ou terem sido dispensados com honra do exército e não ter antecedentes criminais.
Em 2017, o então presidente Donald Trump tentou desmantelar o DACA alegando que era inconstitucional, o que provocou uma longa batalha judicial.
Desde que assumiu o cargo, o presidente Joe Biden buscou fortalecer o programa, assim como iniciar uma reforma migratória mais ampla.
Depois da decisão de sexta-feira, a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, disse: "Os democratas pedem aos republicanos no Congresso que se juntem a nós para respeitar a vontade do povo americano e a lei, para garantir que os Dreamers tenham um caminho permanente para a cidadania".