Juan Mario Velarde, como diretor-geral de obras, foi o responsável por aprovar a construção de uma parte da escola particular Rebsamen, no sul da Cidade do México, que desabou no terremoto de 19 de setembro de 2017 devido a falhas na construção.
É "uma sentença histórica de 208 anos de prisão pela morte de 26 pessoas, incluindo 19 menores, resultado de negligência profissional e uma ação completamente dolosa", disse Ulises Lara, porta-voz da acusação, ao canal de TV Milenio. O oficial disse que o julgamento contra Velarde mostrou que, apesar de saber que "havia sérios riscos estruturais", ele permitiu que a escola continuasse funcionando.
Esse foi o segundo responsável pelo desabamento condenado desde outubro, quando Mónica García Villegas, proprietária e diretora da Rebsamen, foi condenada a 31 anos de prisão.
A escola se tornou o epicentro da tragédia desencadeada pelo terremoto de magnitude 7,1 que sacudiu o centro do México e deixou 369 mortos, a maioria na capital. Na época, Claudia Sheinbaum, atual governadora da capital, era prefeita de Talalpan, onde fica a escola. Parentes das vítimas tentaram processar Claudia por suposta concessão irregular de licenças de operação.
O tremor foi o mais devastador na Cidade do México desde os terremotos de setembro de 1985, que deixaram mais de 10.000 mortos.
CIDADE DO MÉXICO