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Estado de Minas LONDRES

Reino Unido vai colaborar com talibãs se voltarem ao poder no Afeganistão


14/07/2021 07:11

O Reino Unido vai colaborar com os talibãs no Afeganistão, se chegarem ao poder e respeitarem os direitos humanos - afirmou o ministro britânico da Defesa, Ben Wallace, nesta quarta-feira (14).

"Qualquer que seja o governo estabelecido, o governo britânico vai cooperar com ele, desde que se cumpra certas normas internacionais", disse Wallace, em uma entrevista publicada pelo jornal The Daily Telegraph.

Mas, "assim como acontece com outros governos do mundo todo, se eles se comportarem de uma forma que mine gravemente os direitos humanos, revisaremos nossa relação", acrescentou.

O ministro reconheceu que a perspectiva de trabalhar com os talibãs pode ser polêmica, já que 457 militares britânicos morreram no Afeganistão. Wallace alegou, no entanto, que "qualquer processo de paz requer um acordo com o inimigo".

Há 20 anos estacionadas no Afeganistão no âmbito de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos sob a égide da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), as tropas estrangeiras iniciaram sua retirada no início de maio. A previsão é que esta saída esteja concluída até o final de agosto.

Desde então, há dois meses, os talibãs lançam ofensivas contra as forças afegãs. Já assumiram o controle de grandes áreas rurais e dizem controlar 85% do Afeganistão.

Recentemente, os insurgentes tomaram o controle de importantes postos de fronteira com Irã, Turcomenistão e Tadjiquistão, assim como de vários distritos das províncias próximas a Cabul.

Esta movimentação aumenta os temores de um possível ataque, em breve, à capital e a seu aeroporto. Este último é a única saída da cidade disponível para cidadãos estrangeiros.

O ministro britânico considerou que os talibãs buscam "reconhecimento internacional" para obter financiamento e apoio para reconstruir o país - "e isso não se faz com um capuz de terrorista".

"Devem ser um parceiro para a paz. Caso contrário, correm o risco de ficarem isolados", alertou.

Diante do impasse das negociações oficiais em Doha, Wallace convocou os talibãs e o presidente afegão, Ashraf Ghani, para colaborarem para alcançar a estabilidade do país, após décadas de conflito.


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