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Estado de Minas CANNES

Wes Anderson e sua turma de estrelas desembarcam em Cannes


12/07/2021 17:17 - atualizado 12/07/2021 17:19

O cineasta americano Wes Anderson desembarcou nesta segunda-feira (12) em Cannes com seu elenco de estrelas, incluindo Tilda Swinton, Bill Murray, Timothée Chalamet e Benicio del Toro, para apresentar "A Crônica Francesa", na disputa pela Palma de Ouro.

Foi um dos momentos mais esperados do concurso e não decepcionaram: foram tão numerosos que chegaram de ônibus ao tapete vermelho.

Dois dos atores favoritos do diretor, Tilda Swinton, em um vestido laranja e uma jaqueta curta rosa com mangas douradas, e Bill Murray, em um chapéu panamá, já o acompanharam ao Festival em 2012 com "Moonrise Kingdom".

Eles se juntaram este ano a Adrien Brody, Benicio del Toro, Owen Wilson e Timothée Chalamet, vestindo um terno prata. A atriz francesa Léa Seydoux, por outro lado, não pôde comparecer porque testou positivo para covid-19 alguns dias atrás.

O filme, cujas imagens evocam o universo melancólico de seu autor, é um compêndio de contos publicados em uma revista americana de uma cidade francesa do século XX, segundo sua sinopse.

No final da exibição, toda a equipe em pé recebeu uma longa ovação de seis minutos.

Anderson, de 52 anos, construiu ao longo de diversos filmes, como "O Grande Hotel Budapeste" e "Darjeeling Limited", um estilo facilmente reconhecível por ser carregado de detalhes e planos simétricos.

Embora essa estética, às vezes, faça lembrar o mundo adocicado das casas de boneca, suas histórias contêm momentos difíceis, como decepções, abandonos e suicídios. Numa ocasião, ele comentou que o divórcio dos pais, quando tinha oito anos, marcou sua infância e por isso famílias desfeitas são um tema recorrente em seu trabalho.

Para seu próximo filme, o cineasta planeja rodar neste verão na Espanha, nos arredores de Madri, segundo a imprensa espanhola.

- Diretor russo ausente -

Nesta segunda-feira, também foi exibido o filme em competição "Petrov's Flu", do russo Kirill Serebrennikov.

Considerado um dos mais ousados cineastas russos de sua geração, não pôde comparecer à gala porque está proibido de sair da Rússia por uma condenação criminal, situação que já ocorreu em 2017, quando concorreu com "Leto".

"Agradeço a todos os que aqui estão. É a primeira vez que exibo o meu filme. Estou obviamente encantado e festejo este século XXI que, graças às novas tecnologias, nos permite estar juntos", reagiu ao final da projeção o cineasta, a quem a palavra foi cedida na sala através de um curtíssimo vídeo ao vivo.

No tapete vermelho, os atores do filme usaram um broche com a imagem do diretor. E dentro da sala, uma poltrona vazia com seu nome revelava sua ausência.

"Gostaria de agradecer a todos os que estão aí. É a primeira vez que mostro o meu filme. Estou obviamente encantado e festejo este século XXI que, graças às novas tecnologias, permite estarmos juntos", reagiu no final da projeção do cineasta por meio de uma curta videochamada.

Pouco antes, os atores do filme expressaram sua gratidão a ele. "Quero dizer a Kirill 'eu te amo'", declarou o ator Yuri Borisov na chegada à gala. "Estou orgulhoso de estar em seu filme", disse a atriz Chulpan Khamatova.

Durante as filmagens de "Petrov's Flu", o diretor teve que passar seus dias em um tribunal de Moscou e gravar à noite.

O resultado é um filme que narra a longa jornada de Petrov, doente e bêbado, em uma cidade atingida por uma epidemia de gripe. Com uma encenação vertiginosa, com saltos no tempo e uma trilha sonora poderosa, o filme mostra uma sociedade abalada pela violência e pelo álcool.


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