Desde maio de 2020, Raissouni, 49, está em prisão preventiva depois que um ativista LGTB entrou com uma ação contra ele por "agressão sexual", fatos que o jornalista nega. Seus apoiadores classificam o processo de "julgamento político", enquanto o homem que apresentou a acusação rejeita ser "um instrumento político".
À tarde, o juiz ordenou que o jornalista, ausente do julgamento desde meados de junho, fosse convocado para ouvir a sentença, mas Raissouni "recusou", de acordo com a ata lida no Tribunal de Justiça de Casablanca.
"É uma carnificina judicial, como um réu pode ser condenado em sua ausência? Nunca vi! A sentença é a imagem perfeita deste julgamento", declarou o advogado de Raissouni, Miloud Kandil, à AFP ao deixar o tribunal.
A defesa se recusou a litigar desde terça-feira em protesto contra a recusa do juiz em hospitalizar o réu e, em seguida, levá-lo ao tribunal para interrogatório.
O jornalista afirmou que estava disposto a ir desde que "fosse transportado de ambulância e tivesse uma cadeira de rodas".
O tribunal considerou a ausência como uma "negativa" e deu sequência ao processo sem o réu.
Na audiência final, o Ministério Público requereu a pena máxima para Raissouni, considerando que as suas declarações são "contraditórias" enquanto as do demandante são "concordantes e coerentes".
A sentença de Raissouni acarreta uma indenização para a suposta vítima no valor de 100.000 dirhams (cerca de 11.200 dólares).
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