"Frida, a experiência imersiva" reúne 26 das pinturas mais enigmáticas da artista (1907-1954), incluindo seus famosos autorretratos, em uma montagem tecnológica que estreou na noite de terça-feira na Cidade do México.
O objetivo da exposição é "conhecer as pinturas de Frida, que estão ao redor do mundo, mas dando a ela um pouco de familiaridade, intimidade", disse à AFP Mara de Anda, sobrinha bisneta da pintora.
Nas telas, obras como "As duas Fridas" e "A coluna quebrada" convergem em uma experiência que funde vídeo, música e elementos interativos dentro do Frontón México, um antigo edifício art déco.
A exibição, cujo guia pode ser baixado de um aplicativo móvel, também mostra passagens sombrias na vida de Kahlo, como o acidente de bonde que sofreu quando era muito jovem, que levou a vários problemas de saúde refletidos em seu trabalho.
As imagens, refletidas por cem projetores, são complementadas pelas de outras artistas que se inspiraram em Kahlo e que imitam, com um sensor, os movimentos dos espectadores.
A isso se somam poemas escritos e narrados em alto-falantes, assim como peças musicais do gênero regional mexicano.
"Para muitas pessoas que não gostam de ir a uma exposição onde tudo é mais estático, isso permite que você conheça de outra forma", disse Frida Hentschel Romeo, outra bisneta de Kahlo.
Como parte do protocolo sanitário do covid-19, todos os visitantes devem usar máscara e medir a temperatura na entrada do recinto.
Com o tempo, Kahlo se tornou um ícone para as novas gerações por seu pensamento revolucionário e ideias próximas ao feminismo, em uma época em que pouco se falava sobre a liberação sexual e o empoderamento das mulheres.
A mostra, que pretende ser levada a outros países em data ainda não definida, é organizado pela promotora mexicana Ocesa, juntamente com a Cocolab e a família de Frida Kahlo.
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