"(São) acusações que poderíamos classificar como difamações que comprometem a segurança do país", disse o procurador-geral, Tarek William Saab.
Saab confirmou em uma declaração pública que Javier Tarazona, diretor da ONG Fundaredes, e os ativistas dessa organização Rafael Tarazona e Omar García, foram acusados de "promoção do ódio, traição à pátria e terrorismo, tendo sido acordada uma medida privativa de liberdade". Estão detidos em Caracas, afirmou, depois de terem sido presos na sexta-feira passada na cidade de Coro (estado Falcón).
Suas acusações de vínculos do governo de Maduro com dissidentes da dissolvida guerrilha das FARC e combatentes do ELN, segundo o funcionário, foram feitas "sem mostrar evidências".
"Simplesmente uma vontade de desestabilizar. Com certeza este senhor (Javier Tarazona) é um fã das séries e novelas que falam do narcotráfico, e traduziu o que ocorreu na Colômbia para o nosso país", disse o procurador.
Referindo-se às sanções internacionais lideradas pelos Estados Unidos contra a Venezuela, Saab acusou os ativistas de "ações de incitação ao ódio" para "criar uma matriz de opinião negativa em nível internacional e, consequentemente, abrir o caminho para novas agressões".
CARACAS