"O acordo deste dia é a primeira pedra para a formação de uma grande aliança no Parlamento Europeu", indica a carta, publicada pelo partido Reagrupamento Nacional (RN, sua sigla em francês) de Marine Le Pen.
Entre os signatários estão o chefe da Liga italiana, Matteo Salvini, o chefe do partido polaco Direito e Justiça, Jaroslaw Kaczynski, o patrono da Vox na Espanha, Santiago Abascal, e a líder da Fratelli d'Italia (neo-fascista), Georgia Meloni.
Estes partidos não pertencem aos mesmos grupos no Parlamento Europeu. O RN e a Liga pertencem ao grupo Identidade e Democracia (ID), enquanto o Direito e Justiça, Vox e Fratelli d'Italia pertencem ao grupo Conservadores e Reformistas (CRE). O Fidesz, do húngaro Orban, deixou o grupo do Partido Popular Europeu em março e está em busca de uma nova referência no hemiciclo.
Esta declaração "é uma etapa suplementar para a construção de uma aliança sólida, ampliada e alternativa à esquerda antiliberal dos impostos, da imigração selvagem", declarou Matteo Salvini.
Segundo Le Pen, em nota anexa ao documento, a carta estabelece "as bases de um trabalho cultural e político comum, que respeite o papel dos grupos políticos atuais".
Le Pen disputará a eleição presidencial francesa em 2022, na qual enfrenta diretamente o presidente Emmanuel Macron, segundo algumas pesquisas.
Segundo os signatários da declaração comum, a União Europeia insiste numa "via federalista", por isso é imprescindível "associar-se para influenciar ainda mais os debates e reformar" o bloco.
PARIS