As autoridades de todo o mundo devem considerar totalmente vacinada qualquer pessoa que tenha sido inoculada com imunizantes aprovados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e os principais órgãos de saúde, especialmente para viagens ou reuniões, considerou nesta quinta-feira (1º/7) o sistema Covax.
Essa posição coincide com a entrada em vigor, nesta quinta-feira, do passe sanitário nos 27 países da União Europeia, mais Suíça, Liechtenstein, Islândia e Noruega.
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Para os parceiros do mecanismo Covax, qualquer medida que exclua pessoas protegidas com alguma das vacinas aprovadas pela OMS de certo benefício "criaria um sistema de duas velocidades, o que aumentaria ainda mais a lacuna entre as vacinas e agravaria as desigualdades que já foram observadas na distribuição dos imunizantes contra a COVID".
"Isso impactaria negativamente o crescimento das economias que mais sofreram" até agora, insiste o programa Covax, uma parceria entre a OMS, a Aliança das Vacinas (Gavi) e a Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi).
O grupo também considera que isso abala ainda mais a já frágil confiança na vacinação, principalmente com a AstraZeneca.
O sistema Covax tem se apoiado principalmente na vacina AstraZeneca fabricada pelo Serum Institute of India, que não é reconhecida pela EMA.
Mais de 91 milhões de doses foram distribuídas em 133 países, bem abaixo das previsões, já que a Índia bloqueou sua exportação para inocular sua própria população como prioridade.
Regras
No que diz respeito à UE, os países são obrigados a aceitar em seu território os viajantes vacinados com as quatro vacinas autorizadas no bloco: Moderna, Pfizer, AstraZeneca e Johnson & Johnson.
No entanto, os Estados-membros podem, mas não são obrigados, a admitir pessoas vacinadas com produtos autorizados em alguns países da UE (como a Sputnik V russa usada pela Hungria), ou aprovados pela OMS (como a chinesa Sinopharm e a Covishield, amplamente utilizada na África).
A OMS concedeu a aprovação de emergência para as vacinas anticovid Sinovac (CoronaVac), Sinopharm, Moderna, Pfizer-BioNTech, os dois soros AstraZeneca, fabricados na Índia e na Coreia do Sul (a OMS considera duas aprovações, embora o produto seja idêntico) e Johnson & Johnson (Janssen).