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Estado de Minas CABUL

Talibãs matam afegão que trabalhou para as forças francesas, segundo familiares


25/06/2021 13:55

Um afegão que passou cinco anos trabalhando em um armazém militar francês perto de Cabul foi assassinado a tiros pelos talibãs, segundo informaram seus familiares nesta sexta-feira (25).

O irmão e o tio de Abdul Basir disseram à AFP que este pai de cinco filhos, de 33 anos, foi assassinado pelos talibãs em Wardak em 19 de junho.

"Ele estava há duas semanas desaparecido quando o quartel-general da polícia de Wardak nos chamou para informar que ele foi assassinado pelos talibãs com duas balas no estômago", disse o irmão, que preferiu não dar seu nome.

"Também tinha hematomas no olho direito e no nariz", acrescentou, mostrando à AFP fotos do corpo espancado de Basir.

O afegão trabalhou como funcionário em um armazém da Otan usado pelos militares franceses até a saída da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF) no final de 2014.

Seu advogado parisiense, William O'Rorke, disse à AFP que Basir teve o visto especial rejeitado duas vezes, concedido aos afegãos que trabalhavam para os militares.

A retirada em andamento das tropas estrangeiras provocou uma luta pelos vistos dos afegãos que trabalhavam como guias, tradutores e em outras funções para os Estados Unidos e a Otan desde a derrubada dos talibãs em 2001.

Os talibãs, que alcançaram enormes avanços em todo o país desde que os Estados Unidos e a Otan iniciaram a fase final da retirada de suas tropas em 1º de maio, disseram que os afegãos que trabalharam para as forças estrangeiras não serão punidos se "mostrarem arrependimento".

No entanto, poucos afegãos confiam nos insurgentes. Ao menos um ex-intérprete foi assassinado em outubro de 2018 em Cabul.


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