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Estado de Minas BRUXELAS

Eurodeputados e países da UE selam acordo para reforma de política agrícola


25/06/2021 13:06

Os Estados-membros da União Europeia (UE) e o Parlamento Europeu alcançaram, nesta sexta-feira (25), um acordo sobre a nova Política Agrícola Comum (PAC), que visa tornar esta atividade mais ecológica, um passo que as ONGs consideram insuficiente.

"Em alguns pontos, teríamos desejado compromissos diferentes, mas no geral acho que posso dizer que estou satisfeito com o acordo obtido", declarou, no Twitter, o comissário europeu para a Agricultura, Janusz Wojciechowski.

Os países do bloco haviam aprovado a reforma da PAC em outubro, com um orçamento de 387 bilhões de euros (cerca de 472 bilhões de dólares), dos quais 270 bilhões de euros seriam ajudas diretas aos produtores, embora os detalhes ainda precisavam ser definidos com os eurodeputados.

Após três dias de intensas negociações sem sucesso em Bruxelas, os negociadores abriram as portas para um acordo na noite de quinta-feira e nesta sexta finalmente selaram o entendimento.

"O acordo de hoje inicia uma mudança real em direção a uma PAC mais verde e mais justa", tuitou o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans.

O acordo "não é perfeito, mas ainda é um grande passo na direção certa", disse ele.

Os ministros da Agricultura da UE devem aprovar definitivamente o plano na segunda-feira.

O acordo alcançado refere-se, em particular, aos chamados eco-regimes, bônus que serão atribuídos aos agricultores que adotem programas ambientais exigentes.

Os eurodeputados exigiam que estes bônus representassem pelo menos 30% dos pagamentos diretos aos agricultores, enquanto os Estados se mantinham firmes no limite de 20%. Finalmente, depois de muitas negociações, eles concordaram em 25% até 2027.

"Estávamos ansiosos para encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico das fazendas e a proteção necessária do meio ambiente e do clima", declarou a eurodeputada francesa Anne Sander, uma das principais negociadoras do acordo.

"Algumas pessoas às vezes perdem de vista que sem renda agrícola não haverá sustentabilidade ambiental e climática", acrescentou.

Os eurodeputados e os negociadores dos Estados-membros também concordaram em penalizar os agricultores que não respeitem os direitos dos trabalhadores, com o risco de cortes nos pagamentos em caso de violação.

Uma das discussões mais polêmicas centrou-se nos requisitos de biodiversidade, em que os ambientalistas pediam mais compromissos da parte dos agricultores.

A ONG Greenpeace, porém, não escondeu sua decepção.

"Este acordo perpetua o status quo, dando continuidade ao apoio desastroso às fazendas industriais que estão devastando o meio ambiente", disse Marco Contiero, do Greenpeace.


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