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Estado de Minas BERLIM

EUA estende a mão à Alemanha, seu 'melhor amigo', segundo Blinken


23/06/2021 16:08

Os Estados Unidos "não têm melhor amigo" que a Alemanha, declarou o secretário de Estado americano Antony Blinken nesta quarta-feira (23) em Berlim, em sua primeira viagem pela Europa, na esperança de apagar os anos difíceis de Donald Trump.

Em sinal da renovação de um relacionamento historicamente estreito, as duas potências mostraram-se dispostas a superar suas diferenças sobre o gasoduto Nord Stream 2 e, de forma mais ampla, a Rússia.

"Acho que é justo dizer que os Estados Unidos não têm um parceiro melhor, um amigo melhor no mundo do que a Alemanha", disse Blinken em uma entrevista coletiva com a chanceler Angela Merkel.

Embora essas palavras possam soar como uma cortesia diplomática, elas parecem contrastar com a posição tradicional dos Estados Unidos, que muitas vezes consideram o Reino Unido como seu parceiro mais próximo.

"Tudo começa com valores e interesses compartilhados", assim como "a crença compartilhada de que todos os desafios que enfrentamos têm um impacto na vida das pessoas", disse Blinken, cuja primeira etapa de sua viagem europeia é a Alemanha.

Ele também visitará a França e a Itália, onde se encontrará com o chanceler israelense, Yair Lapid.

- Base comum -

Merkel concordou com a "base comum" das posições de ambos os países, em particular no que diz respeito à Rússia e à China, "mas também sobre a questão das alianças que podemos formar".

A chefe do governo alemão prometeu "continuar essas trocas", que devem ocorrer até 15 de julho, quando Merkel, que deixará o cargo após as eleições parlamentares de 26 de setembro, fará sua primeira visita à Casa Branca desde que Joe Biden assumiu a Presidência, em janeiro.

As palavras de Blinken marcam uma mudança notável do governo Trump, que por quatro anos multiplicou as críticas à Alemanha, tanto em sua balança comercial quanto em sua participação no orçamento da Otan.

Mesmo na questão espinhosa do gasoduto Nord Stream 2, o centro da discórdia entre Washington e Berlim, os dois países agora estão tentando se aproximar.

Blinken reiterou a rejeição de seu país ao projeto, mas expressou a esperança de chegar a um acordo com as autoridades alemãs.

Este gasoduto, muito criticado em Washington e no leste europeu, liga a Rússia e a Alemanha através do Mar Báltico sem passar pela Ucrânia.

Mas "estamos determinados a ver se podemos tirar algo positivo de uma situação difícil que herdamos", frisou Blinken.

- Compromisso -

"Conhecemos as expectativas em Washington e é extremamente importante que alcancemos um resultado com o qual Washington também possa trabalhar", disse, por sua vez, o ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Maas, afirmando que deseja alcançar "resultados em breve".

Maas disse esperar progressos antes da visita de Merkel a Washington.

O objetivo é chegar a um acordo antes de agosto, quando o governo dos EUA deve apresentar um relatório ao Congresso sobre o oleoduto e as sanções que o acompanham.

A mídia alemã mencionou a possibilidade de um acordo que inclua um mecanismo de compensação para a Ucrânia.

Atualmente o principal país de trânsito do gás russo para a Europa, a Ucrânia teme perder dinheiro com o gasoduto Nord Stream e também consequências para sua segurança.

O governo Biden renunciou no final de maio aplicar sanções contra a empresa de controle russo que está construindo o oleoduto.

Os líderes alemães não esconderam nos últimos meses seu alívio ao ver Biden assumir a Presidência dos Estados Unidos.

Em outro sinal de desejo de reaproximação, Maas e Blinken se encontrarão novamente na quinta-feira para visitar o Memorial do Holocausto juntos em Berlim.


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