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Estado de Minas LIMA

Juiz peruano deve decidir sobre pedido de prisão preventiva para Keiko Fujimori


21/06/2021 18:40

Uma audiência nesta segunda-feira (21) deve analisar um pedido de prisão preventiva contra a candidata presidencial de direita no Peru, Keiko Fujimori, pelo caso Odebrecht, enquanto o país ainda aguarda conhecer o vencedor do segundo turno de 6 de junho entre ela e seu adversário de esquerda, Pedro Castillo.

A audiência presencial iniciou pontualmente às 15h locais (17h de Brasília) sob a condução do juiz Víctor Zuñiga e com a participação de Fujimori, sua advogada Giuliana Loza e do promotor José Domingo Pérez.

O juiz decidiu que a audiência deveria ser presencial a pedido da defesa, apesar de ter sido programada na forma virtual devido à pandemia de covid-19. O promotor se opôs por considerar que a defesa politiza o requerimento da promotoria no contexto eleitoral.

Do lado de fora do tribunal, dezenas de apoiadores de Fujimori estavam esperando por ela.

"O senhor deve impor a prisão preventiva, senhor juiz, por conta da gravidade dos crimes dos quais Keiko Fujimori é acusada", disse o promotor ao argumentar sobre seu pedido.

"Ela viola sistematicamente as regras de conduta de não se comunicar com as testemunhas", afirmou Pérez, que descreveu a atitude da candidata como "provocadora".

O promotor solicitou em 11 de junho converter a liberdade condicional de Keiko Fujimori em prisão preventiva no âmbito da investigação de suposta lavagem de dinheiro de contribuições da construtora Odebrecht para suas campanhas de 2011 e 2016.

"Foi determinado mais uma vez que a acusada Fujimori Higuchi descumpriu a restrição de não se comunicar com as testemunhas; portanto, constatou-se como público e notório que ela se comunica com a testemunha Miguel Torres Morales", alegou então o promotor em seu pedido à Justiça.

Fujimori, de 46 anos, apareceu em 8 de junho em entrevista coletiva em Lima para pedir ao Júri Eleitoral Nacional (JNE) que anulasse 802 atas - cerca de 200.000 votos - acompanhada de Torres Morales, como assessor.

- Um país em suspense -

O juiz Zúñiga tem até três dias para decidir o destino de Fujimori, mas não está descartado que o faça em menos tempo devido à pressão existente.

O requerimento da promotoria concentra as atenções do país, pois o país está em vigília, aguardando a decisão do JNE que revisa a impugnação de milhares de votos apresentada pelo partido de Fujimori, que favoreceriam seu adversário, Castillo.

A contagem do órgão eleitoral (ONPE), que atingiu 100% das mesas na terça-feira, deu a Castillo 50,12% dos votos contra os 49,87% de Fujimori. A diferença é de 44.058 votos.

A filha do ex-presidente preso Alberto Fujimori espera reverter o resultado da votação de 6 de junho. A decisão do JNE pode demorar mais uma semana.

Enquanto isso, a tensão continua elevada no país, onde milhares de simpatizantes dos dois candidatos foram às ruas no sábado para defender seus votos duas semanas após as eleições.

"Não há medo de que essa prisão preventiva ocorra", disse Fujimori ao reagir ao pedido do promotor, negando ter violado regras de conduta impostas pela justiça.

A candidata, que deve ir a julgamento se não ganhar a presidência, permaneceu em prisão preventiva por 16 meses até maio de 2020. Se eleita, ela teria imunidade e só poderia ser processada ao final de seus cinco anos de mandato, em 2026.

O Ministério Público pediu 30 anos e 10 meses de prisão para Fujimori na investigação que a acusa pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução da justiça.

A candidata foi libertada da prisão em maio de 2020 devido à pandemia mas foi proibida de viajar para fora do Peru ou de se comunicar com os corréus ou testemunhas do caso.


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