A audiência foi marcada virtualmente, devido à pandemia de covid-19, a partir das 15h locais(17h de Brasília) com a presença obrigatória de Fujimori e sua defesa, e do promotor José Domingo Pérez, segundo o Poder Judiciário.
O promotor solicitou em 11 de junho converter a liberdade condicional de Keiko Fujimori em prisão preventiva no âmbito da investigação de suposta lavagem de dinheiro de contribuições da construtora Odebrecht para suas campanhas de 2011 e 2016.
"Foi determinado mais uma vez que a acusada Fujimori Higuchi descumpriu a restrição de não se comunicar com as testemunhas; portanto, constatou-se como público e notório que ela se comunica com a testemunha Miguel Torres Morales", argumentou o promotor em seu pedido ao Tribunal.
O Ministério Público pediu 30 anos e 10 meses de prisão para Fujimori na investigação que a acusa pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução da justiça.
A candidata foi libertada da prisão em maio de 2020 devido à pandemia mas foi proibida de viajar para fora do Peru ou de se comunicar com os corréus ou testemunhas do caso.
Fujimori, 46 anos, apareceu em 8 de junho em entrevista coletiva em Lima para pedir ao Júri Eleitoral Nacional (JNE) que anulasse 802 atas - cerca de 200.000 votos - acompanhada de Torres Morales, como assessor.
A contagem do órgão eleitoral (ONPE), que atingiu 100% das mesas na terça-feira, deu a Castillo 50,12% dos votos contra os 49,87% de Fujimori. A diferença é de 44.058 votos.
A filha do ex-presidente preso Alberto Fujimori espera reverter o resultado da votação de 6 de junho. A decisão do JNE pode demorar mais uma semana.
O juiz Victor Zúñiga tem até três dias para decidir o destino de Fujimori, mas não está descartado que o faça em menos tempo devido às manifestações nas ruas.
O requerimento da promotoria concentra as atenções do país, pois o país está em vigília, aguardando a decisão do JNE que revisa a impugnação de milhares de votos apresentada pelo partido de Fujimori, que favoreceriam seu adversário, Castillo.
A filha do detido ex-presidente Alberto Fujimori confia em reverter o resultado do segundo turno, que a desfavorece. A decisão do JNE pode demorar mais uma semana.
Enquanto isso, a tensão continua elevada no país, onde milhares de simpatizantes dos dois candidatos foram às ruas no sábado para defender seus votos duas semanas após as eleições.