Vários ministros, vice-ministros e o procurador-geral juntaram-se à lista de pessoas sancionadas pela União Europeia, de acordo com o comunicado de Bruxelas.
Eles são considerados "responsáveis pelo enfraquecimento da democracia e do Estado de Direito e por graves violações dos direitos humanos cometidas no país".
"Todas as quatro entidades são estatais ou estão sob o controle das forças armadas birmanesas (Tatmadaw) e contribuem direta ou indiretamente para a renda ou atividades do exército", disse o comunicado.
"Ao focar nos setores de pedras preciosas e madeira, essas medidas pretendem limitar a capacidade da junta de aproveitar os recursos naturais de Mianmar, ao mesmo tempo que são tomadas de uma forma que não prejudique indevidamente a população", disse a nota.
Desde o golpe de 1º de fevereiro e sua repressão, a lista soma 29 pessoas e seis empresas.
As sanções são individuais e consistem na proibição de viajar dentro da UE e no congelamento de bens.
O Reino Unido, que já havia anunciado várias sanções, desta vez aponta para o conselho nomeado pela junta para administrar os assuntos do Estado, argumentando que "continua a sabotar a democracia e a reprimir brutalmente a população civil".
Londres, grande centro financeiro internacional, também sancionou uma empresa madeireira (Myanmar Timber Enterprise) e uma empresa de pedras preciosas (Myanmar Pearl Enterprise), dois setores que "geram milhões em receitas para o regime".
A UE manteve o embargo à venda de armas e equipamentos que podem ser utilizados para a repressão interna, assim como à proibição da exportação de artigos de dupla utilização pelo exército e a polícia de fronteira.
Além disso, a UE decidiu manter o bloqueio à ajuda financeira direta ao governo e congelar qualquer ajuda comunitária que possa ser destinada ao Conselho de Administração.
No entanto, a UE continuará a fornecer ajuda humanitária à Mianmar.
"Em 2021, a UE alocou EUR 20,5 milhões em ajuda humanitária para responder às necessidades imediatas das comunidades deslocadas e afetadas pelo conflito no país", disse o comunicado.
BRUXELAS