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Estado de Minas LIMA

Apoiadores de Keiko e Castillo vão às ruas defender seus votos no Peru


20/06/2021 08:39 - atualizado 20/06/2021 08:43

Apoiadores dos candidatos à presidência Keiko Fujimori e Pedro Castillo voltaram às ruas neste sábado para defender seus votos no Peru, duas semanas depois das eleições, enquanto aguardam até que o júri eleitoral resolva as impugnações e proclame o vencedor.

"Não iremos nos render, não iremos abaixar os braços", proclamou Keiko em seu comício. A apuração deu uma vantagem de 44 mil votos para Castillo, mas Keiko denunciou irregularidades na votação. Políticos da direita radical pediram a anulação do processo e militares reformados querem que as Forças Armadas impeçam Castillo de assumir o governo do país.

Coletivos civis e partidos de esquerda convocaram uma Grande Marcha Nacional em defesa da vitória de Castillo, que começou sob um ambiente colorido e carnavalesco no centro de Lima.

No final da marcha, já de noite, um manifestante ficou ferido ao ser atropelado nos arredores da Praça San Martín por um carro que fugiu do local, disse a imprensa, sem esclarecer se foi um acidente ou uma agressão deliberada. A vítima foi atendida pelos bombeiros e levada de ambulância para um hospital.

A polícia, que mobilizou 3.000 agentes em Lima para manter a ordem, informou pouco antes que as duas manifestações foram concluídas sem incidentes.

- 'Já temos um vencedor' -

"Estou aqui por uma luta de todos os peruanos, porque o Força Popular (partido de Keiko) quer anular nossos votos", declarou à AFP na passeata esquerdista Luiz Meza, 30, funcionário de uma empresa agroexportadora em Ica.

"Já temos um vencedor", ressaltou, por sua vez, Maruja Inquira, moradora de Coata, de população predominantemente aimará. Castillo recebeu nove de cada 10 votos nessa zona andina remota, localizada na fronteira com a Bolívia.

Paralelamente, o partido fujimorista convocou o ato Respeita Meu Voto, que teve início no mesmo horário a dois quilômetros da passeata de Castillo.

"Vocês querem um país como o de Maduro, como o de Chávez?", perguntou Keiko para a multidão, que respondeu: "Nãaaao!". Castillo negou ser chavista ou comunista.

Keiko pediu a seus apoiadores que participem das manifestações de forma pacífica, mas que deixem de protestar em frente às residências dos chefes dos órgãos eleitorais, o que vinham fazendo desde a semana passada e que gerou críticas da alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet.

"Tenho que defender o meu voto pelos meus filhos e pelo futuro dos meus netos, porque houve fraude nas mesas. Se Castillo vencer, que vença de forma limpa", disse a dona de casa María Alejandra Llenera, 56, enquanto batia em uma panela com uma colher de madeira.

"Estamos aqui para pedir eleições justas. Todas as manifestações mostram irregularidades muito fortes", afirmou Moisés Hurtado, 56, suboficial reformado da Força Aérea.

As duas manifestações reuniram cerca de 27.000 pessoas que, apesar de usarem máscara, não respeitaram o distanciamento social, em um país duramente atingido pela pandemia.

Na passeata de Castillo, havia muitos camponeses vestindo trajes típicos da serra andina, enquanto na de Keiko havia majoritariamente pessoas de classes média e alta.

Manifestações semelhantes foram convocadas em diversas cidades do interior, onde Castillo teve mais votos do que em Lima, reduto eleitoral de sua rival.

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