Moris, uma advogada de 38 anos, e os dois filhos do casal Gabriel (4) e Max (2) visitaram Assange pela primeira vez em oito meses na prisão de alta segurança de Belmarsch, perto de Londres.
Após sua visita, Stella Moris disse à agência de imprensa PA que seu companheiro, de 49 anos, "estava feliz em ver as crianças, mas sofre". "É um lugar sombrio e horrível", acrescentou.
"A situação é completamente intolerável e grotesca e não pode continuar assim", afirmou Moris.
Sua visita coincide com o nono aniversário da entrada de Julian Assange na embaixada equatoriana de Londres, onde se refugiou quando estava em liberdade sob fiança.
O australiano temia ser extraditado para os Estados Unidos ou Suécia, onde enfrentava acusações de estupro que foram retiradas.
Assange, detido pela polícia britânica em abril de 2019, pode ser condenado a 175 anos de prisão nos Estados Unidos por divulgar desde 2010 mais de 700.000 documentos secretos sobre as atividades militares e diplomáticas americanas no Iraque e Afeganistão, entre outros.
Stella Moris espera que a situação melhore com o mandato do presidente americano Joe Biden. Seu antecessor, Donald Trump, iniciou as ações contra Assange.
"A única medida lógica que [Biden] pode tomar é abandonar todas as acusações", afirmou.
Assange espera que a Justiça britânica se pronuncie sobre o recurso apresentado contra a rejeição à sua extradição.
LONDRES