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Estado de Minas HONG KONG

Justiça de Hong Kong rejeita liberdade sob fiança de diretores de jornal pró-democracia


19/06/2021 11:47

Dois diretores do jornal pró-democracia Apple Daily de Hong Kong, muito crítico ao governo chinês, compareceram neste sábado (19) a um tribunal que rejeitou sua libertação sob fiança, um dia após serem acusados de conluio sob a nova e drástica lei de segurança nacional.

O chefe da redação, Ryan Law, e o diretor executivo, Cheung Kim-hung, são acusados de "conluio com um país estrangeiro ou com elementos externos para colocar a segurança nacional em risco", devido a uma série de matérias que, segundo a polícia, pediam sanções internacionais.

Ao rejeitar o pedido de libertação sob fiança, o juiz Victor So estimou que não havia motivos suficientes "para que o tribunal pense que os acusados não continuarão cometendo atos que coloquem a segurança nacional em risco".

Os dois homens permanecerão presos até sua próxima audiência no tribunal em 13 de agosto, já que os promotores disseram à polícia que precisam de mais tempo para analisar mais de 40 computadores e 16 discos rígidos (HD) confiscados da sala de redação durante a operação de busca ao jornal na quinta-feira.

Essa é a primeira vez que a lei de segurança imposta por Pequim no ano passado para acabar com a dissidência é aplicada contra as opiniões políticas publicadas por um veículo de comunicação da ex-colônia britânica.

Apple Daily e seu proprietário preso Jimmy Lai foram durante muito tempo um obstáculo para Pequim pelo seu apoio ao movimento pró-democracia e pelas suas críticas aos líderes autoritários da China.

Na operação de quinta-feira, na qual participaram mais de 500 policiais, cinco diretores foram presos. Law e Cheung foram acusados na sexta-feira, enquanto os outros três ficaram em liberdade sob fiança no aguardo de mais investigações.

"Continuaremos publicando nosso jornal amanhã", declarou a redatora-chefe adjunta Chan Pui-man, libertada sob fiança na sexta-feira, na porta do tribunal.

Vários veículos da imprensa internacional têm sedes regionais em Hong Kong, atraídos pelas regulamentações favoráveis aos negócios e as disposições sobre liberdade de expressão inclusas na pequena Constituição da cidade.

No entanto, muitos deles se perguntam agora se ainda têm um futuro lá e elaboram planos de contingência.

A situação da imprensa local é ainda pior e as associações de jornalistas afirmam que os repórteres têm que se autocensurar cada vez mais.

Hong Kong não para de cair na classificação anual de liberdade de imprensa do Repórteres sem Fronteiras, passando da 18ª posição em 2002 para a 80ª neste ano.

APPLE INC.


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