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Estado de Minas WASHINGTON

Procurador-geral dos EUA promete tomar medidas sobre a vigilância secreta


14/06/2021 15:01

O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, prometeu nesta segunda-feira (14) tomar medidas contra qualquer funcionário que possa ter violado as diretrizes do Departamento de Justiça (DOJ) com vigilância secreta dos congressistas democratas.

"Considerações políticas ou inapropriadas não devem desempenhar nenhum papel nas decisões de investigação ou de processo", disse Garland em um comunicado.

"Esses princípios, que há muito tempo são considerados sagrados pela equipe de carreira do DOJ, serão vigorosamente vigiados sob meu mandato, e qualquer violação deles enfrentará estrita responsabilidade".

As declarações de Garland seguem revelações de que o Departamento de Justiça, sob o comando do ex-presidente Donald Trump, havia solicitado registros telefônicos de jornalistas e congressistas democratas que investigavam um possível conluio entre a campanha eleitoral de Trump e a Rússia.

"Há questões importantes que precisam ser resolvidas em conexão com um esforço do Departamento para obter registros relacionados aos membros do Congresso e funcionários do Congresso", acrescentou Garland.

"Consequentemente, ordenei que o assunto fosse encaminhado ao inspetor-geral e tenho plena confiança de que ele realizará uma investigação completa e independente", ressaltou.

"Se a qualquer momento, à medida que a investigação caminhe, se justifique a adoção de medidas relacionadas ao assunto em questão, não hesitarei em agir com rapidez".

Os congressistas democratas Adam Schiff e Eric Swalwell disseram que a Apple foi obrigada a entregar seus registros telefônicos, assim como os de seus familiares, enquanto Trump enfrentava uma série de vazamentos prejudiciais sobre seus vínculos com a Rússia na campanha eleitoral de 2016.

O Departamento de Justiça também apreendeu registros de repórteres da CNN, The Washington Post e do The New York Times sem seu conhecimento.

A vigilância secreta ocorreu enquanto Trump enfrentava investigações do advogado especial Robert Mueller e do Comitê de Inteligência da Câmara - onde Schiff era então o principal democrata - para saber se sua campanha era conivente com a Rússia e se Trump tentava obstruir a investigação.

Não se sabe se Trump pediu explicitamente ao Departamento de Justiça para investigar Schiff e Swalwell, e seus ex-procuradores-gerais - Jeff Sessions e Bill Barr - negaram conhecimento das solicitações.

Nancy Pelosi, a presidente democrata da Câmara dos Representantes, exigiu no domingo que Sessions e Barr testemunhassem perante o Congresso sobre o que ela qualificou como operação "desonesta" do Departamento de Justiça.

"O que o governo (Trump) fez - o Departamento de Justiça, sob liderança do presidente anterior - vai ainda mais longe do que Richard Nixon", anunciou Pelosi à CNN, referindo-se ao escândalo Watergate que encerrou a presidência de Nixon.

"Trata-se de minar o Estado de Direito", acrescentou Pelosi.

"E os procuradores-gerais Barr e Sessions dizerem que não sabiam nada sobre isso é inacreditável", ressaltou.

"Então, teremos que fazer com que eles fiquem sob juramento para testemunhar sobre isso", finalizou Pelosi.


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