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Estado de Minas NOVA YORK

Gigantes de Wall Street avançam gradualmente no mundo do bitcoin


14/06/2021 10:15

Apostar no bitcoin e outras moedas virtuais é arriscado, legalmente incerto, mas potencialmente muito lucrativo. Diante deste dilema, os gigantes de Wall Street avançam entre o entusiasmo e o ceticismo.

O presidente do maior banco dos Estados Unidos, JPMorgan Chase, tem uma visão definida sobre o assunto.

"Se pedem meu conselho, diria para não se aproximarem", afirmou Jamie Dimon no final de maio em uma audiência parlamentar.

Mas "não é meu papel dizer às pessoas como gastar seu dinheiro", acrescentou. Seu banco analisa atualmente como ajudar seus clientes a entrarem no campo das criptomoedas.

Impulsionadas durante a pandemia por alguns investidores pequenos com tempo e dinheiro, as moedas virtuais dispararam em 2020 e início de 2021.

Bancos, corretoras e empresas de investimento buscam agora satisfazer alguns clientes que sentem que perderam uma oportunidade.

A tradicional gerente de serviços financeiros State Street anunciou na quinta-feira a criação de uma divisão dedicada aos ativos digitais.

Na quarta-feira, o presidente da corretora online Interactive Brokers afirmou que seus clientes poderão trocar criptomoedas em seu site no final do verão boreal.

- Robinhood -

Como seus concorrentes Charles Schwab e Fidelity, a Interactive não permite atualmente comprar moedas virtuais como o bitcoin e o ethereum, mas oferece produtos financeiros vinculados a esses valores que evitam que o investidor os tenha diretamente em sua carteira.

Já a corretora Robinhood e a plataforma Coinbase permitem comprá-las.

A empresa ForUsAll, que administra fundos de aposentadoria de cerca de 70.000 empregados, fez um acordo na segunda-feira com a Coinbase para permitir que seus clientes incluam 5% de criptomoedas em seus fundos.

O banco de negócios Morgan Stanley afirmou em março que permitirá que seus clientes mais ricos invistam em fundos com bitcoin. E a Goldman Sachs lançou recentemente uma equipe dedicada à corretagem de criptomoedas.

Fidelity Investment, um dos maiores gestores de ativos do mundo, propõe desde 2018 serviços de corretagem e depósito para esses ativos reservados aos grandes investidores como os 'hedge funds', e se prepara para lançar novos produtos associados ao bitcoin.

Este tipo de produto poderia facilitar o acesso de pessoas físicas para investir em criptomoedas.

Apesar de uma abertura progressiva, esses tipos de ativos ainda são arriscados.

- Hackers -

A regulamentação não é clara e os roubos por parte de hackers são frequentes. Além disso, sua volatilidade é enorme: o bitcoin passou de cerca de 30.000 dólares no início do ano para 63.000 em meados de abril, e ficou em 34.000 dólares no início de junho.

"Os especuladores e quem teme perder uma boa oportunidade continuarão se voltando para as criptomoedas esperando ganhar muito dinheiro", destacou Ian Gendler, da consultora Value Line.

Este especialista desencoraja seus clientes a investirem em criptomoedas pelos riscos muito altos e pela impossibilidade de estimar seu valor: ao contrário de uma empresa ou de uma matéria-prima, as criptomoedas não são garantidas por nenhum ativo tangível e, diferentemente das moedas, não são garantidas por um governo.

As criptomoedas "valem o que o próximo investidor está disposto a pagar", definiu Gendler.

Para Chris Kuiper da consultora CFRA, esses ativos emergentes vieram para ficar. Seu uso vai aumentar "à medida que o marco legal e regulatório for construído", estima.


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