Geralmente trata de temas como paz, meio ambiente e segurança, e este ano deve dedicar um lugar importante à pandemia do coronavírus.
A cúpula de 2020, planejada nos Estados Unidos, foi cancelada devido à crise global de saúde.
A reunião acontece anualmente no país que detém a presidência rotativa. Os membros do G7 são Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
A última edição foi realizada em agosto de 2019, quando os chefes de Estado e de Governo se reuniram em Biarritz, no sudoeste da França, em um contexto de fortes tensões entre o então presidente americano Donald Trump e seus aliados ocidentais.
Embora as reuniões geralmente terminem com uma declaração conjunta, o clima entre os países membros é, às vezes, tenso, como em 2018 no Canadá, quando Trump se recusou a assinar as conclusões que ele mesmo havia aceitado.
- Reino Unido pós-Brexit -
A cúpula deste ano acontece de sexta-feira a domingo na costa da Inglaterra, na turística Carbis Bay.
Será uma oportunidade para o seu anfitrião, o primeiro-ministro conservador Boris Johnson, promover sua ideia de uma "Reino Unido global" pós-Brexit, com o objetivo de aumentar a influência internacional do país após sua saída da União Europeia em 31 de dezembro.
Os debates serão dominados pelas consequências da pandemia, a recuperação econômica e as campanhas de vacinação, que avançam em ritmo desigual no mundo.
A mudança climática também estará no topo da agenda, antes da COP26 em novembro na cidade escocesa de Glasgow.
Entre as prioridades da presidência britânica também estará a cooperação comercial e o multilateralismo após os anos Trump e melhorar acesso das meninas à educação.
- No princípio, a economia -
A primeira reunião foi realizada na cidade francesa de Rambouillet em 1975, após a crise do petróleo. Seis países - França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos - participam neste "G6", que em 1976 se abriu ao Canadá para formar o "G7".
Foi por iniciativa do presidente francês Valéry Giscard d'Estaing, que propôs que os líderes se reunissem de vez em quando, como costumavam fazer os ministros das Finanças.
- Do G7 ao G8 -
Durante a década de 1980, as relações tensas entre o Oriente e o Ocidente deram aos encontros um caráter mais político.
A cúpula de Williamsburg, em 1983, nos Estados Unidos, adotou pela primeira vez uma declaração sobre segurança na Europa. Este texto de apoio à política do presidente Ronald Reagan em relação a Moscou foi aprovado apesar das reservas do francês François Mitterrand.
A dissolução da União Soviética no final de 1991 mudou as coisas. A Rússia foi convidada em 1992 e a partir de 1998 participou nas cúpulas do grupo, rebatizado de "G8".
- Clube polêmico -
A partir de 1999, seguiram-se crises financeiras e o G8 foi acusado de ser "um clube de ricos". Em seguida, passaram a se reunir com países emergentes, como China, Brasil e África do Sul, com uma nova configuração, o "G20", para tentar resolver ou evitar essas crises.
Em 2001, a cúpula de Gênova, na Itália, foi marcada por violentos confrontos entre as forças de segurança e ativistas antiglobalização. Um jovem italiano morreu com um tiro na cabeça disparada por um policial e mais de 500 pessoas ficaram feridas.
Também houve manifestações em outras cúpulas, sob estreita vigilância policial.
- Rússia expulsa -
Em 2014, a Rússia, sob a presidência de Vladimir Putin, foi expulsa do G8 após a anexação da península ucraniana da Crimeia e sujeita a sanções. A cúpula do G8 programada para aquele ano na Rússia foi cancelada e o G8 voltou a ser o G7.
Trump se pronunciou a favor do retorno da Rússia, mas sem muito apoio entre seus aliados, embora o presidente francês Emmanuel Macron tenha considerado a possibilidade.
O novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reunirá pela primeira vez com Putin logo após o G7, em 16 de junho em Genebra.
CARBIS BAY