"Claramente a Espanha estará sempre ao lado da Argentina em suas conversas com o Fundo Monetário Internacional e com o Clube de Paris, o apoio é absoluto e total", reforçou Sánchez no Museu do Bicentenário ao presidir, ao lado de Fernández, um fórum empresarial argentino-espanhol.
Sánchez chegou na noite de terça-feira a Buenos Aires para uma visita oficial de 24 horas junto com membros de seu governo e uma comitiva de empresários para avançar na relação estratégica entre os dois países.
A visita ocorre quando a Argentina supera os 4 milhões de contágios por covid-19, com mais de 82.000 mortos e enquanto tenta encaminhar a dívida que tem com o Clube de Paris e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Vamos voltar todo o nosso apoio e inteligência para que possamos, do ponto de vista multilateral, dar uma resposta à recuperação, à injeção de recursos públicos a países como Argentina e a região latino-americana", disse Sánchez.
Neste sentido, considerou que "a melhor política econômica é acelerar o processo de vacinação em nossas sociedades".
O líder europeu considerou necessário "transferir tecnologia e conhecimentos, aumentar a capacidade de produção e acelerar a distribuição" das vacinas.
Fernández, por sua vez, pediu "a socialização global da vacina (para) que todos os povos tenham a possibilidade de acessá-la porque está visto que a vacina freia o dano da pandemia".
Também agradeceu o apoio da Espanha. "Sempre estiveram ao nosso lado, nos acompanhando e atendendo nossas reivindicações no tema da dívida", disse.
O presidente argentino realizou em maio uma viagem de duas semanas por Espanha, Portugal, França e Itália, na qual obteve o apoio de seus governantes nas negociações sobre a dívida.
Desde 31 de maio corre o prazo de carência de 60 dias para que a Argentina cancele um pagamento de 2,5 bilhões de dólares com o Clube de Paris, última parte de uma dívida que tinha renegociado em 2014.
Também tem pendente uma dívida de US$ 44 bilhões com o FMI por um crédito assinado por seu antecessor, Mauricio Macri, no valor de 57 bilhões de dólares, o maior já outorgado pelo organismo.
BUENOS AIRES