Jornal Estado de Minas

BEIRUTE

Onze combatentes do regime sírio mortos em ataques israelenses

Ao menos 11 combatentes do regime sírio morreram em ataques israelenses noturnos na província de Homs, afirmou nesta quarta-feira o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).



"Ao menos sete soldados do exército e quatro combatentes aliados morreram nos ataques executados na terça-feira pouco antes da meia-noite em várias regiões, incluindo as proximidades de Homs" (centro-oeste), declarou à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

"Os 11 combatentes são sírios e várias pessoas ficaram feridas", completou Abdel Rahman.

Os ataques tiveram como alvos "posições militares da Força Aérea no leste da localidade de Khirbet al-Tin, nas proximidades de Homs", assim como um centro de pesquisas científicas, onde um militar morreu, segundo o OSDH.

Também atingiram um "depósito de armas do Hezbollah libanês" no mesmo setor, de acordo com a ONG.

Na terça-feira à noite, a Força Aérea israelense executou ataques em várias regiões da Síria, incluindo Damasco e seus arredores, as províncias de Homs, Hama e Latakia, segundo o OSDH.



A agência oficial síria Sana informou uma "agressão israelense" no país, seguida por represálias da defesa antiaérea de Damasco.

Os aviões israelenses chegaram a partir do "espaço aéreo libanês", afirmou a agência Sana, que citou "explosões em Damasco".

A agência não informou um balanço de danos ou mortes.

"Estes são os primeiros ataques israelenses na Síria desde a recente guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo palestino Hamas", afirmou Abdel Rahman à AFP.

O exército israelense, que poucas vezes reivindica ataques na Síria, afirmou à AFP que não comenta "informações procedentes do exterior".

Desde o início da guerra na vizinha Síria em 2011, Israel executou centenas de ataques em território sírio, contra alvos do regime de Bashar al-Assad, mas também contra as forças iranianas e o movimento libanês Hezbollah, grandes aliados do regime sírio.

Israel afirma com frequência que não permitirá que a Síria se transforme na linha de frente das forças da República Islâmica do Irã, um país inimigo.

A guerra na Síria, que começou após a repressão das manifestações pró-democracia, se tornou um conflito muito complexo com o passar dos anos com a multiplicação de beligerantes.

A guerra provocou quase 500.000 mortes, segundo o OSDH.

audima