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Estado de Minas JERUSALÉM

Parlamento israelense votará no domingo sobre futuro governo sem Netanyahu


08/06/2021 19:18

O Parlamento israelense se pronunciará no próximo domingo (13) sobre o futuro governo do país, última etapa antes da posse de uma coalizão heterogênea que acabaria com 12 anos de mandato do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Apesar dos apelos dos integrantes da futura coalizão para acelerar o prazo e evitar surpresas de última hora, o presidente do Parlamento israelense, membro do partido Likud, de Netanyahu, utilizou quase o tempo máximo de sete dias para organizar a votação. "O debate e a votação sobre o novo governo acontecerão no domingo, 13 de junho, em sessão especial do Parlamento", afirmou em comunicado Yariv Levin.

Os deputados devem se pronunciar sobre a coalizão heterogênea formada no prazo final, em 2 de junho, pelo líder da oposição Yair Lapid com dois partidos de esquerda, dois de centro, três de direita, incluindo o Yamina (nacionalista radical), e o partido árabe Raam (islamita). Lapid, líder do partido Yesh Atid, elogiou no Twitter o anúncio de Levin e destacou que "o governo de união está em marcha, pelo bem dos cidadãos de Israel".

Com integrantes tão diferentes, a orientação do governo, as condições de entrada e saída da coalizão, assim como a distribuição dos ministérios, ainda estão sendo analisadas, mas devem ser apresentadas em um documento antes da votação. Mas já foi definido um rodízio no cargo de primeiro-ministro: o líder do partido Yamina, Naftali Bennett, assumirá o posto até 2023 e, depois, cederá o cargo a Lapid, até 2025.

A coalizão acabará com dois anos de crise política no país, período em que foram organizadas quatro eleições legislativas. Também afastará do poder o mais longevo primeiro-ministro israelense, Netanyahu, que passou 15 anos como chefe de governo (1996-1999 e de 2009 até agora).

- Unidos contra Netanyahu -

Unidos em sua rejeição a Netanyahu, os membros da "coalizão da mudança" divergem em quase todo o restante: a política econômica, a colonização e a questão delicada das relações entre Estado e religião. Um de seus principais projetos é a aprovação de uma lei que impediria em definitivo uma nova candidatura de Netanyahu, julgado por fraude e corrupção em vários processos.

Mais perto do fim do que nunca em sua carreira política, Netanyahu, 71 anos, multiplica as advertências e ataques contra o novo governo, o que provoca preocupação, inclusive entre as forças de segurança israelenses. A última batalha do primeiro-ministro prestes a sair é o apoio à organização da polêmica "Marcha das bandeiras", evento organizado por figuras da extrema direita que estava previsto inicialmente para esta quinta-feira em Jerusalém Oriental, setor palestino ocupado por Israel.

O percurso da marcha, considerada uma provocação pelos palestinos, não foi aprovado pela polícia e seus organizadores a suspenderam em um primeiro momento. Mas de acordo com a imprensa israelense, Netanyahu e membros do seu partido manobram para manter a manifestação, apesar das críticas do ministro da Defesa e das forças de segurança.

O Hamas advertiu para uma nova escalada em caso de manutenção da marcha na região, que foi a origem da recente guerra de 11 dias entre Israel e o movimento islamita, que governa a Faixa de Gaza. Na noite desta terça-feira, o governo israelense autorizou a manifestação "em 15 de junho, com uma rota a ser determinada pela polícia e pelos organizadores do desfile", segundo um comunicado divulgado pelo gabinete de Netanyahu.

O enviado das Nações Unidas para o Oriente Médio, Tor Wennesland, pediu a Israel e ao Hamas em um tuíte que se abstenham de "provocações" e "atuem com moderação" para consolidar o cessar-fogo em vigor desde 21 de maio.


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