"Vejo que o espaço está diminuindo", reclamou Grossi à imprensa no primeiro dia da reunião trimestral do Conselho de Governadores deste órgão da ONU.
O Irã limitou o acesso dos inspetores a alguns locais em fevereiro, mas a AIEA chegou a uma "solução temporária" para garantir o grau necessário de vigilância.
No final de maio, o compromisso foi prorrogado até 24 de junho.
Até lá, as grandes potências esperam salvar o acordo internacional de 2015 - denominado JCPOA - que visa impedir a República Islâmica de se munir da arma atômica.
Os diplomatas dos países signatários estão em negociações desde o início de abril, em Viena, para atingir este objetivo.
"Seja por meio das negociações do JCPOA ou por outros meios, esperamos que nossas atividades e nossa capacidade de inspeção não sejam mais limitadas", acrescentou Grossi.
O pacto nuclear iraniano de 2015 foi prejudicado pela saída unilateral dos Estados Unidos em 2018, e depois que o então governo de Donald Trump reintroduziu sanções contra Teerã.
As negociações atuais procuram fazer com que Washington volte atrás e anule as medidas punitivas, em troca de Teerã cumprir integralmente seus compromissos nucleares.
VIENA