Trata-se de especialistas pertencentes às duas principais organizações financiadas por armadores para combater a poluição e derramamentos de petróleo causados por navios - a International Tanker Owners Pollution Federation Limited (ITOPF) e a Oil Spill Response (OSR) - anunciou a X-Press Feeders, empresa proprietária do cargueiro MV X-Press Pearl.
"Eles vão atuar em coordenação com a Autoridade de Proteção Ambiental Marinha do Sri Lanka (MEPA) e com a Marinha do Sri Lanka para lidar com um possível derramamento de petróleo ou outra poluição", acrescentou a companhia.
Seu CEO, Shmuel Yoskovitz, pediu desculpas ao Sri Lanka pela catástrofe. O navio queimou por 13 dias e inundou as praias turísticas da ilha e as águas circundantes com milhões de grânulos de plástico que carregava, o que provocou a emissão de uma ordem de proibição de pesca, importante na região.
"Quero expressar meu profundo pesar e pedir desculpas ao povo do Sri Lanka pelos danos causados aos seus meios de subsistência e ao meio ambiente do Sri Lanka", declarou Yoskovitz ao Channel News Asia.
O mar agitado desta sexta-feira impede que os mergulhadores se aproximem para verificar o casco do navio, cuja popa agora repousa no fundo do mar a uma profundidade de cerca de 21 metros, enquanto a parte dianteira afunda lentamente.
E se, no momento, ainda não há nenhum sinal visível de vazamento das 350 toneladas de combustível que o navio carregava, os especialistas estimam que o risco de derramamento de petróleo e de produtos químicos tóxicos permanece alto, tendo em vista o manifesto de navegação do navio revelando uma carga de grande quantidade de lubrificantes, além de 81 contêineres com "carga perigosa", incluindo ácido nítrico e chumbo.
Um navio indiano com equipamento especializado já está no local para conter um eventual vazamento de petróleo antes que ele alcance a costa.
Dispersantes de petróleo e barreiras flutuantes estão prontos para responder imediatamente ao menor sinal de vazamento.
O capitão do porto, Nirmal Silva, declarou na quinta-feira que nenhum vazamento havia sido detectado até agora.
"Olhando a forma como o navio pegou fogo, a opinião dos especialistas é que o combustível pode ter queimado, mas ainda estamos nos preparando para o pior cenário", explicou.
COLOMBO