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Estado de Minas BAGDÁ

AI exige explicações do Iraque sobre 643 desaparecidos em 2016


03/06/2021 08:18

A Anistia Internacional exigiu, nesta quinta-feira (3), que o Iraque preste contas a respeito do sequestro, há exatos cinco anos, de 643 homens e adolescentes sunitas por paramilitares xiitas agora integrados ao Estado.

Esses iraquianos desapareceram durante uma operação do Hashd al-Shaabi - uma coalizão de facções armadas dominadas por grupos pró-Irã - para reconquistar a cidade de Fallujah (oeste) em junho de 2016 do grupo extremista Estado Islâmico (EI), informou a ONG de defesa dos direitos humanos.

Em 3 de junho de 2016, enquanto "milhares" de deslocados fugiam, homens armados em uniformes do Hashd al-Shaabi, segundo testemunhas, "levaram cerca de 1.300 homens e adolescentes considerados em idade de lutar".

"Naquela mesma noite, 643 deles foram colocados em ônibus e em um caminhão e estão desaparecidos desde então", segundo um comunicado da Anistia. Os outros sofreram "torturas e maus-tratos".

Dois dias depois, as autoridades iraquianas ordenaram a criação de um comitê de investigação, em meio a tensões confessionais exacerbadas pelas atrocidades cometidas pela organização sunita EI.

"Os resultados de sua investigação nunca foram divulgados", denunciou a Anistia. "Passaram-se cinco anos e as famílias destes homens nem sabem se estão vivos", acrescentou.

Oficialmente, o Hashd nega ter sequestrado ou detido pessoas arbitrariamente. Mas seus comandantes regularmente afirmam ter prisões onde "jihadistas" são mantidos, embora não forneçam evidências de que esses detidos realmente pertencem ao EI.

Os sunitas afirmam ser vítimas de discriminação no Iraque. Milhares deles foram presos ou condenados por serem reais ou supostos membros do EI.


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