A reunião de quinta-feira, solicitada pelo Reino Unido, será realizada depois que os rebeldes houthis disseram que um acordo para que uma missão da ONU inspecione o petroleiro chegou a um "ponto morto".
O FSP Safer, um navio de 45 anos, contém 1,1 milhão de barris de petróleo e está abandonado perto do porto iemenita de Hodeida (oeste) desde 2015.
Os inspetores da ONU estavam programados para avaliá-lo no ano passado, mas a missão foi adiada várias vezes devido a desentendimentos com os rebeldes.
Um porta-voz britânico nas Nações Unidas disse que havia um "sério risco" de derramamento de óleo "que seria catastrófico para o Iêmen e a região".
"A responsabilidade pelo petroleiro é dos houthis e eles devem cooperar com a ONU. Levaremos esse assunto ao Conselho de Segurança amanhã para discutir os próximos passos", acrescentou.
Os houthis relataram na terça-feira que as negociações com a ONU estagnaram após vários dias de discussões, de acordo com o canal Al Masira.
O grupo rebelde afirmou "lamentar profundamente que a ONU tenha desistido das tarefas de manutenção (incluídas em um acordo) estabelecidas em novembro".
Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, reiterou que o trabalho de manutenção não pode ser realizado sem uma avaliação imparcial prévia.
A ONU diz que um derramamento de óleo destruiria os ecossistemas do Mar Vermelho e forçaria o fechamento da indústria pesqueira do Iêmen e do porto vital de Hodeida por seis meses.
Além da corrosão do antigo navio, foram negligenciados trabalhos essenciais para conter os gases explosivos em seus tanques de armazenamento.
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