Paul Whelan, ex-oficial do Corpo de Fuzileiros Navais, era agente de segurança de uma empresa de autopeças dos Estados Unidos quando foi preso em Moscou em dezembro de 2018 e condenado em junho de 2020 a 16 anos de prisão.
Em uma entrevista à CNN da prisão na região da Mordóvia onde está detido, cerca de 500 quilômetros a leste de Moscou, Whelan disse que foi vítima da "diplomacia de reféns".
"O sequestro de um cidadão americano não é aceitável em nenhuma parte do mundo", disse ele. "Não é comigo que a Rússia tem um problema, é com os Estados Unidos, e os Estados Unidos precisam resolver esse caso de diplomacia de reféns e resolvê-lo o mais rápido possível."
"Portanto, peço ao presidente Biden que discuta ativamente isso e resolva com seus interlocutores russos", acrescentou Whelan, observando que "cabe aos governos decidir sobre uma troca ou outra solução".
"O que eu espero é que seja rápido", continuou ele, já que Biden e Putin estão programados para se encontrarem em 16 de junho em Genebra, em um momento de grande tensão entre as duas potências rivais.
A Casa Branca indicou que os dois homens tratariam de uma diversidade de questões e que Washington buscaria uma relação mais "previsível e estável" com Moscou.
De acordo com David, irmão gêmeo de Paul Whelan, Moscou está interessada em trocar seu irmão por um conhecido traficante de armas preso nos Estados Unidos, Viktor Bout, e por um piloto particular detido nos Estados Unidos sob acusações de tráfico de drogas, Konstantin Yaroshenko.
WASHINGTON