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Estado de Minas LONDRES

Opep+ confirma aumento da produção de petróleo


01/06/2021 18:27

Os membros da Opep+ decidiram nesta terça-feira (1) manter o ritmo do aumento da produção de óleo cru para julho, sem dar indicações sobre os meses seguintes nem abordar o retorno do petróleo iraniano ao mercado.

A organização "confirmou a decisão tomada" durante a cúpula anterior sobre "ajustes de produção para o mês de julho, levando em consideração os fundamentos do mercado observados", indicou o cartel em comunicado divulgado após uma curta reunião de ministros.

A estratégia atual consiste em um aumento progressivo entre maio e julho que chega a quase 1,2 milhão de barris por dia, ao qual se acrescenta um milhão de barris retirados voluntariamente por Riade no início do ano.

A Opep+, aliança selada no final de 2016 entre os 13 Estados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), liderados pela Arábia Saudita, e dez aliados, incluindo a Rússia, realizou uma primeira reunião do comitê de monitoramento mensal do atual acordo de redução de produção do grupo (JMMC) e, em seguida, realizou uma breve cúpula ministerial.

Após a decisão, o preço do petróleo subiu. O barril do Brent do Mar do Norte para entrega em agosto fechou a 70,25 dólares em Londres, alta de 1,34%. Em Nova York, o barril do WTI para julho subiu 2,11%, a 67,72 dólares.

- 'Nuvens no horizonte' -

Os 23 membros desistiram voluntariamente de produzir mais para não inundar um mercado enfraquecido pela crise da saúde.

Mas, à medida que os preços voltam aos níveis do início de 2020 e a demanda se fortalece, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, eles tiveram a chance de reabrir as torneiras.

O cartel manteve suas projeções do início do mês e prevê alta de seis milhões de barris por dia este ano em relação a 2020 - a 96,5 milhões consumidos diariamente no planeta.

"A demanda melhorou em vários dos principais mercados mundiais, como Estados Unidos e China", os dois maiores consumidores de petróleo, explicou o ministro saudita de Energia e líder da Aliança, Abdelaziz bin Salman, antes da cúpula.

O meio-irmão do poderoso príncipe herdeiro Mohamed bin Salman também saudou as campanhas de vacinação anticovid e a redução das reservas de petróleo no mundo, embora também tenha alertado que havia "nuvens no horizonte".

"Estamos convencidos de que a economia mundial está se recuperando e que a situação está se normalizando", acrescentou o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, encarregado da Energia.

- Nenhum comentário sobre Irã -

A tensão entre a Rússia e a Arábia Saudita, mencionadas por vários observadores antes da reunião e que atrapalharam as reuniões anteriores, finalmente não aconteceram nesta terça-feira.

O provável retorno da produção iraniana também não foi abordado na reunião, disse o ministro saudita em entrevista coletiva após a cúpula. E isso apesar da importância do seu volume, no cartal e no mercado.

No entanto, este "assunto controverso" estará sem dúvida sobre a mesa das "próximas reuniões", avaliou Samuel Burman, analista da Capital Economics, para quem a decisão desta terça busca "sustentar os preços".

A República Islâmica entrou em negociações indiretas com os Estados Unidos em Viena, por meio da mediação de países europeus, para reativar um acordo sobre seu programa nuclear.

Se as negociações forem bem sucedidas, o levantamento de algumas sanções econômicas, como o embargo do petróleo em vigor desde 2018, abriria caminho para um aumento considerável da produção iraniana.

O ministro do Petróleo iraniano, Bijan Namdar Zanganeh, citado por Shana, a agência oficial de seu ministério, classificou como uma "prioridade" quase triplicar a produção do país.

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