O policial que arquitetou o plano, Igor Lajovedts, foi condenado a 12 anos, e três ex-colegas, a oito anos de prisão. Denis Konovalov, o único a admitir os fatos, foi sentenciado a cinco anos de detenção.
Todos eles deverão, ainda, pagar à vítima um milhão de rublos (US$ 13.300).
A prisão de Ivan Golunov, jornalista do veículo investigativo on-line Meduza, gerou uma forte mobilização social em junho de 2019 e expôs, de forma flagrante, a corrupção das forças de segurança russas.
O jornalista foi detido em Moscou por policiais que alegaram ter encontrado uma quantidade significativa de drogas em sua mochila e em sua casa.
O repórter acabou sendo solto cinco dias depois, após uma mobilização sem precedentes da imprensa, de cidadãos e até de algumas figuras das elites russas.
Os cinco policiais foram demitidos, detidos e acusados de abuso de poder, de falsificação e de tráfico de drogas, entre outros crimes.
Segundo a acusação, eles adquiriram a droga ilegalmente a droga e a "plantaram" na casa do jornalista.
Golunov fez matérias investigativas sobre a corrupção na prefeitura de Moscou e sobre supostos desvios de dinheiro em diferentes setores - do microcrédito ao funerário.
Com sede em Riga, na Letônia, o veículo para o qual ele trabalha pode estar com seus dias contados, já que as autoridades russas o enquadraram, no final de abril, como um "agente estrangeiro". O termo é reservado para organizações financiadas com fundos estrangeiros e normalmente críticas do Kremlin.
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