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Estado de Minas WASHINGTON

Blinken visitará Costa Rica em primeira viagem à América Latina


27/05/2021 20:18 - atualizado 27/05/2021 20:19

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, visitará a Costa Rica em sua primeira viagem à América Latina, na qual abordará as causas da migração irregular com funcionários de alto escalão de governos centro-americanos e do México - informou o Departamento de Estado nesta quinta-feira (27).

"Viajo à Costa Rica de 1º a 2 de junho. Discutiremos a construção de um hemisfério mais democrático, próspero e seguro para todos", tuitou o secretário de Estado americano.

"Espero aprofundar nossa cooperação nas prioridades compartilhadas, incluindo o combate à covid-19, a promoção do crescimento econômico e o combate à mudança climática", acrescentou.

Durante sua estada em San José, o principal diplomata do presidente Joe Biden se reunirá com líderes da América Central, do México e da República Dominicana, assim como funcionários do governo da Costa Rica e representantes da sociedade civil, segundo um comunicado.

Blinken participará de uma reunião de alto nível do Sistema de Integração da América Central (SICA), ao qual o México se somará. O SICA é composto por Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Belize e República Dominicana.

"Juntos, promoverão uma abordagem colaborativa para tratar das causas fundamentais da migração, incluindo a melhora do governo democrático, a segurança e as oportunidades econômicas para as pessoas da América Central", afirmou o Departamento de Estado.

- Venezuela, um tema "importante" -

A Subsecretária de Estado em exercício para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Julie Chung, disse que o "horrível desastre humanitário causado pelo regime [de Nicolás] Maduro" na Venezuela será "um tema importante" das negociações, dado o "profundo impacto" na região.

A Venezuela, governada por Maduro desde 2013, vive um desastre social e econômico que, segundo a ONU, fez com que 5,6 milhões de pessoas abandonassem o país.

Blinken também planeja reuniões bilaterais separadas, que não foram especificadas.

Uma reunião com um delegado do governo de Daniel Ortega na Nicarágua, altamente questionado por Washington por abusos de direitos humanos e corrupção, não está agendada para agora, disse Chung durante uma entrevista coletiva.

"Os Estados Unidos estão muito preocupados com a situação na Nicarágua", afirmou.

Chung ressaltou que o governo Biden continuará trabalhando multilateralmente para sinalizar suas "grandes preocupações" sobre a possibilidade de eleições livres e justas em novembro, nas quais Ortega, no poder desde 2007, não descarta a candidatura a um quarto mandato.

- Relação 'sólida' -

Blinken discutirá também a "sólida relação" entre Estados Unidos e Costa Rica com o presidente Carlos Alvarado e o ministro das Relações Exteriores, Rodolfo Solano, acrescentou a chancelaria americana.

"Será uma honra receber o secretário de Estado dos Estados Unidos em nosso país. Uma importante oportunidade para falar de assuntos prioritários de cooperação para a nossa região", disse Alvarado no Twitter.

Nesta semana, Blinken parabenizou a Costa Rica "pelo seu rigor para cumprir os distintos requisitor para o acesso à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE)", a quarta nação latino-americana a aderir à organização depois de México, Colômbia e Chile.

Também será analisado o envio de drogas pela Costa Rica aos Estados Unidos e o influxo de migrantes venezuelanos e nicaraguenses ao país, disse Chung.

- "Dolorosas razões" -

Esta é a primeira viagem de Blinken à América Latina desde que assumiu o cargo em janeiro, apesar de já ter feito uma visita virtual à região em fevereiro ao inaugurar essa modalidade, escolhida para evitar a propagação da covid-19.

Na ocasião, Blinken disse que o presidente Joe Biden estava comprometido a abordar as "dolorosas razões pelas quais as pessoas estão arriscando suas vidas" para fugirem para os Estados Unidos, e desancorajou fortemente esse trajeto.

A visita de Blinken à Costa Rica acontecerá alguns dias antes da viagem da vice-presidente americana, Kamala Harris, à Guatemala e ao México, prevista para 7 e 8 de junho.

Em preparação para sua chegada, o vice-diretor da CIA, David Cohen, está no México, informou a chancelaria mexicana. Mais cedo, o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, havia mencionado em entrevista coletiva a visita ao país do diretor da CIA, William Burns.

No Twitter, a ex-embaixadora mexicana nos Estados Unidos Martha Bárcena considerou a visita de Burns "incomum" ao mesmo tempo em que a viagem de Blinken à Costa Rica foi anunciada.

Biden pediu que Harris atendesse a crescente chegada de migrantes sem documentos na fronteira entre Estados Unidos e México.

Mais de 178.000 pessoas sem documentos atravessaram em abril, 3% a mais em relação a março, totalizando o maior número em um mês em duas décadas, segundo o CBP. Desses, 44% era da Guatemala, El Salvador e Honduras.

Biden solicitou ao Congresso US$ 861 milhões no próximo ano para atender as causas que provocam a imigração em situação irregular da América Central, parte de seu plano de US$ 4 bilhões para a região.


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