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Estado de Minas WASHINGTON

Cerca de 2,5 milhões de desempregados ficarão sem renda em breve nos EUA


20/05/2021 16:37 - atualizado 20/05/2021 16:38

Desempregados que cobram mais para ficar em casa do que para trabalhar? Uma situação que já dura muito tempo e ameaça uma retomada segundo os republicanos, que vão cortar subsídios em alguns de seus distritos, uma decisão que em breve deixará 2,5 milhões de americanos sem essa renda.

"A ajuda financeira de curto prazo para as pessoas ... demitidas no auge da pandemia tornou-se uma direito perigoso", reclamou o governador republicano da Carolina do Sul, Henry McMaster.

Diante da perda de milhões de empregos durante a pandemia, o governo federal dos Estados Unidos estendeu os direitos relacionados ao desemprego, principalmente aos trabalhadores autônomos, e estendeu-os até mesmo para aqueles que haviam atingido o prazo máximo. Todos os beneficiários recebem $ 300 por semana, além do seguro-desemprego, que varia de $ 230 a $ 820 por semana, dependendo dos estados.

Mas com a reativação em andamento, muitas empresas têm dificuldade em encontrar trabalhadores, e essas ajudas adicionais previstas para durar até 6 de setembro geram relutância.

Isso "incentiva os trabalhadores a ficarem em casa ao invés de encorajá-los a voltar ao trabalho", protestou o governador da Carolina do Sul, aliado de Donald Trump, em uma carta datada de 6 de maio ordenando o fim de todas essas ajudas em seu estado.

- Movimento generalizado -

Missouri, Alasca, Virgínia Ocidental, Indiana, Geórgia: 21 dos 27 governadores republicanos anunciaram a eliminação dos US $ 300 adicionais e até, em alguns casos, de todas as medidas que permitiam que trabalhadores autônomos e desempregados por mais de seis meses recebessem ajuda, de acordo com uma nota de analistas da Oxford Economics publicada na quarta-feira.

Consequentemente, 2,5 milhões de beneficiários de seguro-desemprego de mais de 16 milhões no total não receberão nada a partir de junho ou julho, de acordo com esta consultoria. Um milhão adicional de desempregados vão perder os 300 dólares semanais.

"Será devastador", alarma-se Sue Berkowitz, diretora da South Carolina Appleseed Legal Justice Center, uma organização que apoia as comunidades de baixa renda.

"Terá um efeito enorme se as famílias não tiverem a estabilidade de uma renda", acrescentou Berkowitz, que exemplificou, citando as dividuldades das famílias em pagarem o aluguel e contas: "É muito prejudicial para as crianças".

"As consequências serão particularmente duras para as famílias afro-americanas e hispânicas", acrescentou.

As vagas mais difíceis de preencher são as de menor qualificação e as mais mal pagas.

Se os responsáveis políticos "se preocupam tanto de que alguém que recebe subsídios ao desemprego possa ganhar duas vezes mais do que com um salário mínimo, por que nosso estado recusa ter um salário mínimo mais alto do que o salário mínimo federal?", perguntou-se Berkowitz.

O salário mínimo na Carolina do Sul é fixado pelo governo federal a 7,25 dólares a hora. Alguns estados do país têm salários mais altos.

"Paguem às pessoas um salário decente e ofereçam mais benefícios (e) elas vão trabalhar", tuitou o senador democrata Bernie Sanders.

- Oferta limitada -

Esses benefícios ao desemprego mais generosos "podem ser um dos fatores que limitam a oferta de trabalho", observa a Oxford Economics.

No entanto, "as preocupações com a saúde continuam sendo o principal fator limitante", uma vez que cerca de dois terços da população dos Estados Unidos não estão vacinados, acrescentou. Também há questões como cuidar dos filhos, já que nem todas as escolas estavam abertas em tempo integral.

Além disso, "os empregos disponíveis nem sempre correspondem" às habilidades dos candidatos, observou Berkowitz.

O presidente Joe Biden garantiu recentemente que o auxílio permaneceria nos estados que o desejassem, mas lembrou que seria retirado para aqueles que recusassem o trabalho.

Os pedidos semanais de seguro-desemprego continuaram caindo no início de maio nos Estados Unidos, atingindo o nível mais baixo desde o início da pandemia, coincidindo com a recuperação progressiva da atividade econômica, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho.

Entre 9 e 15 de maio, 444.000 pessoas se inscreveram para receber seguro-desemprego, ante 478.000 na primeira semana de maio, de acordo com dados ligeiramente revisados para cima.

Este número é melhor do que o esperado, pois os analistas antecipavam 460.000 inscrições.

O número total de pessoas que recebem seguro-desemprego também caiu, ficando abaixo dos 16 milhões registrados na última semana de abril, segundo dados também divulgados nesta quinta.

Por outro lado, a criação de empregos foi muito decepcionante em abril, com apenas 266 mil novos postos de trabalho, muito longe do milhão esperado. E a taxa de desemprego aumentou ligeiramente pela primeira vez em um ano (6,1%).


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