O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou em uma carta ao Congresso que renunciar às sanções originais estabelecidas para a Nord Stream 2 AG, com sede na Suíça, e seu principal executivo, Matthias Warnig, "é do interesse nacional dos Estados Unidos".
A medida diminui as tensões crescentes entre Washington e Berlim sobre o projeto, que a Alemanha e outros países europeus consideram crucial para garantir o fornecimento de energia a longo prazo na região.
A Alemanha rejeitou a iminente imposição de sanções como uma interferência em seus assuntos internos.
Na manhã desta quarta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, saudou a atitude americana tão esperada como uma medida conciliatória.
"Entendemos que as decisões que foram tomadas em Washington levam em consideração a relação verdadeiramente extraordinária que foi construída com o governo Biden", comemorou Maas.
O Departamento de Estado aprovou sanções contra várias embarcações e pequenas empresas e organizações envolvidas na construção e gestão do gasoduto.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, também saudou a decisão americana, dizendo: "É melhor do que ler anúncios de novas sanções".
Mas a medida foi fortemente criticada pelo senador republicano Jim Risch, que chamou a desistência de "um presente para (o presidente russo Vladimir) Putin que apenas enfraquecerá a influência dos Estados Unidos na preparação para a iminente cúpula Biden-Putin".
"O governo está priorizando supostos interesses alemães e russos sobre os de nossos aliados na Europa Central, Oriental e do Norte", concluiu Risch em um comunicado.
WASHINGTON