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Biden promete doar 20 milhões de doses


18/05/2021 04:00

Presidente dos EUA reagiu ontem a esforços da China e Rússia (foto: Nicholas Kamm/AFP)
Presidente dos EUA reagiu ontem a esforços da China e Rússia (foto: Nicholas Kamm/AFP)

O presidente americano, Joe Biden, anunciou ontem que os Estados Unidos vão aumentar as exportações de vacinas anti-Covid a outros países para recuperar a "liderança" na luta mundial contra a pandemia, superando os esforços dos adversários China e Rússia. Biden confirmou que serão enviados 20 milhões de doses adicionais de vacinas anti-Covid nas próximas semanas, elevando o total destinado ao exterior a cerca de 80 milhões de doses até o final de junho.

Este impulso se deve à pressão exercida por outros governos sobre o Executivo americano para que use seu grande excedente de vacinas para ajudar os países em dificuldades, agora que foram feitos avanços significativos na vacinação nos Estados Unidos. A iniciativa também responde à preocupação de que Pequim e Moscou tenham aproveitado a crise mundial para estender sua influência mediante a distribuição de suas próprias vacinas nacionais.

Em julho, os Estados Unidos terão consolidado facilmente seu lugar como líderes neste cenário, disse Biden. "Isso representará mais vacinas das que qualquer país compartilhou hoje, cinco vezes mais do que qualquer outro pais”, disse o presidente em discurso na Casa Branca. “Rússia e China... Doaram 15 milhões de doses. Fala-se muito que Rússia e China influenciam no mundo com as vacinas. Queremos liderar o mundo com nossos valores”, acrescentou. “Não utilizaremos nossas vacinas para conseguir favores de outros países”, acrescentou.

A Casa Branca não quis comentar quais países está priorizando para os envios, mas Biden disse que Washington fará o possível para ajudar a Índia diante de uma intensificação da pandemia naquele país. Já foram prometidos 60 milhões de doses iniciais. Todas serão da AstraZeneca, uma vacina desenvolvida pelos britânicos, que ainda não foi usada nos Estados Unidos e parece cada vez mais improvável que vá ser preciso utilizá-la. As exportações vão começar assim que as autoridades sanitárias americanas derem seu aval.

O presidente democrata disse que a remessa seguinte, de 20 milhões de doses, também incluiria vacinas já autorizadas usadas nos Estados Unidos: as da Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson. Biden considerou o esforço dos Estados Unidos para ajudar outros países como algo moral e medicamente necessário. “Sabemos que os Estados Unidos nunca estarão totalmente a salvo até que a pandemia que está fazendo estragos em todo o mundo esteja sob controle. Nenhum oceano é suficientemente vasto, nenhum muro é suficientemente alto para nos manter a salvo”, afirmou.

"Temos que lutar contra a doença em todo o mundo para nos manter seguros aqui em casa e fazer o correto de ajudar outras pessoas: é o correto, é o inteligente, é o forte”, acrescentou. A preocupação com o 'soft power' de Rússia e China também está claramente presente na mente do presidente. Biden destacou os esforços dos Estados Unidos para liderar as “democracias do mundo” em um “esforço multilateral para acabar com esta pandemia”.

“Espero anunciar avanços neste âmbito na cúpula do G7”, que será celebrada na Grã-Bretanha, no mês que vem, disse. “Assim como as democracias lideraram o mundo na escuridão da Segunda Guerra Mundial, a democracia liderará o mundo para sair desta pandemia”.



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