"Sempre defendi a necessidade de uma COP presencial (...) então estamos planejando uma cúpula presencial, na qual garantimos que a segurança dos delegados será primordial", afirmou em um discurso.
Inicialmente prevista para novembro de 2020, a próxima cúpula do clima - que reunirá líderes de 196 países, além de representantes de empresas, ONGs e especialistas - foi adiada, devido à covid-19.
Embora a situação sanitária no Reino Unido - o país mais atingido na Europa, com mais de 127.600 mortes - tenha melhorado muito, vários países continuam a temer que seus representantes não possam assistir aos debates presencialmente.
Por este motivo, alguns pediram que o evento fosse on-line.
"Junto com nossos colegas do governo escocês, a Câmara Municipal de Glasgow, os organismos de saúde pública e a ONU, estamos estudando todas as medidas de segurança possíveis contra a covid, incluindo testes, vacinas e outras medidas (...) para garantir que a COP26 transcorra com segurança", disse Sharma.
Segundo o presidente do evento, esta cúpula do clima é a "última esperança" de limitar o aumento da temperatura média global a abaixo de 1,5°C em relação à era pré-industrial, limiar a partir do qual os cientistas acreditam que a mudança climática seja incontrolável.
Segundo a ONU, as emissões de gases causadores do efeito estufa teriam de ser reduzidas em quase 8% a cada ano para se manter dentro do aumento global de 1,5°C exigido pelo Acordo de Paris. Isto seria o equivalente a economizar a mesma quantidade de emissões que durante a pandemia, a cada ano, até 2030.
"Alok Sharma tem toda razão" em querer "manter a meta de limitar o aquecimento global a 1,5ºC", disse Kate Blagojevic, responsável pelo clima na ONG Greenpeace.
"Este objetivo deve estar na mente de todos os líderes mundiais e servir de base para todas as decisões que tomarem", acrescentou, "mas, para que se torne uma realidade, todos os países devem intensificar sua ação agora, começando pelo Reino Unido".
LONDRES