Além desta medida, o Executivo também estuda a possibilidade de reduzir o intervalo entre as duas doses da vacina - atualmente de três meses no Reino Unido - ou de ampliar a vacinação aos mais jovens.
O número de casos da variante B1.617.2, inicialmente detectada na Índia, passou de 520 na semana passada para 1.313 esta semana no país, informou o ministério da Saúde.
A maioria dos casos foi registrada no noroeste da Inglaterra, ao redor da cidade de Bolton, e alguns em Londres.
"Os médicos vão examinar para ver como podemos mudar a campanha de vacinação para que seja o mais eficaz possível diante do aumento da variante", afirmou o secretário de Estado Nadhim Zahawi ao canal SkyNews.
Ele admitiu a "preocupação" de que a nova variante possa ser mais contagiosa, mas disse que "não há evidências no momento de que seja resistente à vacina ou tenha consequências mais graves".
Embora os focos sejam monitorados de perto, "acreditamos que o roteiro para segunda-feira continua em vigor porque as vacinas foram entregues e as vacinas estão mantendo as pessoas fora do hospital e, claro, longe de infecções graves", acrescentou Zahawi.
A próxima segunda-feira marca uma etapa delicada no planejamento para o fim das medidas restritivas, com a reabertura das áreas internas de bares e restaurantes, assim como de museus, cinemas, teatros e hotéis.
Parentes e amigos poderão voltar a organizar encontros em locais fechados, pela primeira vez desde novembro.
Para achatar a curva de contágios da variante indiana, o governo adotou medidas a nível local que incluem uma campanha de detecção intensiva e o sequenciamento do genoma dos casos positivos.
Andy Burnham, prefeito da Grande Manchester, que está na zona afetada, expressou oposição a medidas locais de confinamento como as aplicadas no ano passado na Inglaterra.
"Nos preocuparia muito se o governo submetesse Blackburn, Bolton ou qualquer outro lugar a restrições locais, enquanto o resto do país sai do confinamento", declarou à BBC.
LONDRES