(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas WASHINGTON

Panamá aposta em 'nearshoring' para impulsionar recuperação pós-covid


13/05/2021 17:36

O Panamá, fortemente afetado pela recessão mundial provocada pela pandemia, aposta no 'nearshoring' para impulsionar a economia pós-pandemia, disse nesta quinta-feira (13) seu presidente, Laurentino Cortizo, destacando o interesse de empresas norte-americanas no país centro-americano.

As interrupções de abastecimento provocadas pela emergência sanitária no ano passado levaram muitas empresas que tinham externalizado processos de produção em destinos longínquos a decidirem se aproximar de seus clientes, um fenômeno de reorganização das cadeias de valor conhecido como 'nearshoring'.

O Panamá, um centro de comércio e transporte global graças ao canal que une os oceanos Atlântico e Pacífico através do Mar do Caribe, confia em atrair estes negócios.

"Estou muito otimista", disse Cortizo durante uma videoconferência organizada pelo centro de estudos Wilson Center, com sede em Washington.

"O Panamá é o país com a melhor conectividade aérea e marítima da América Latina e do Caribe", assegurou, destacando a intensa atividade do Aeroporto Internacional de Tocumen e a importância dos terminais portuários do país.

Para Cortizo não há dúvida: o "senso comum" aponta para o Panamá.

O presidente, que estava há menos de um ano no cargo quando a pandemia do coronavírus foi declarada, em março de 2020, destacou que a atração de investimento estrangeiro direto é um dos pilares de seu plano de recuperação.

E lembrou que, sob seu mandato, o Panamá aprovou legislação para atrair multinacionais manufatureiras, a normativa EMMA, que dá benefícios às companhias que quiserem se instalar nas zonas francas do país.

"Estamos vendo agora empresas interessadas. As estamos recebendo. De fato, irei em julho ao Texas em viagem de negócios e me reunirei com empresários de Dallas, Houston e Austin. E a maioria está pensando no 'nearshoring', nas vantagens que o Panamá tem", destacou.

O Panamá, uma economia dolarizada, baseada em grande medida em atividades vinculadas ao Canal e à Zona Livre de Colón, a maior zona franca da região, sofreu um duro golpe com a pandemia: seu PIB encolheu 17,9% em 2020, em uma das piores recessões da América Latina.

A crise sanitária continua sendo um desafio no país, apesar dos avanços da vacinação anticovid. Com 4,2 milhões de habitantes, o Panamá acumula o maior número de contágios pela covid da América Central, com quase 369.000 infectados e mais de 6.200 mortos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)