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Estado de Minas LONDRES

Fundador da financeira Greensill assume responsabilidade por falência polêmica


11/05/2021 15:47

O banqueiro australiano Lex Greensill, fundador da financeira que leva seu nome, assumiu nesta terça-feira (11) "toda a responsabilidade" por sua falência, que provocou um escândalo no Reino Unido de amplas repercussões políticas e econômicas.

O fundador desta empresa de empréstimos que naufragou em março fez uma declaração curta, mas muito esperada, por videoconferência à comissão do Tesouro do Parlamento britânico.

"Assumo toda a responsabilidade pela quebra", disse Lex Greensill, afirmando estar "triste pelas mais de mil pessoas que perderam seus postos de trabalho".

Entre seus clientes mais afetados está em particular o império do magnata do aço Sanjeev Gupta, que se encontra agora em sérios problemas de liquidez.

Greensill atribuiu a quebra à retirada da cobertura proporcionada por uma seguradora preocupada com a situação financeira do grupo.

Mas o nome deste homem, que tinha se mostrado muito discreto até agora, ficará associado a um dos escândalos financeiros de maior repercussão dos últimos anos.

Filho de uma família de plantadores de cana de açúcar, Greensill fundou em 2011 uma companhia especializada em empréstimos de curto prazo a empresas para pagar seus fornecedores.

Sua empresa cresceu até perder de vista, mas o castelo de cartas acabou desmoronando quando a pandemia do coronavírus debilitou seus clientes e, portanto, a confiabilidade das contas a cobrar sobre as quais foi construído um modelo denunciado por seus críticos como piramidal.

A isso se somaram dúvidas sobre a opacidade de sua estrutura e as suspeitas de fraude contábil.

O regulador financeiro britânico, a FCA (Financial Conduct Authority) revelou, em carta endereçada ao comitê do Tesouro nesta terça, que tinha aberto uma investigação sobre o assunto, destacando atuações "potencialmente de naturaleza criminosa".

O caso teve repercussões políticas no Reino Unido e reacendeu o debate sobre os vínculos estreitos entre as altas esferas da política e as finanças.

O ex-primeiro-ministro conservador britânico David Cameron, que deve intervir na quinta-feira a esta mesma comissão do Tesouro, foi duramente criticado por exercer pressões sobre o governo de Boris Johnson em nome de Greensill, para quem trabalha como assessor.

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